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Justiça tardou em esclarecer sobre urnas e precisa fazer mea culpa, diz procurador

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Foto: Luccas Araújo

O procurador regional eleitoral, Patrício Noé, disse nesta sexta-feira (26) que a Justiça Eleitoral "tardou" em esclarecer os eleitores sobre a lisura do processo de votação. Para o membro do Ministério Público Eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) precisa fazer uma mea culpa sobre ter deixado os boatos se disseminarem. 

"Eu acredito que a Justiça Eleitoral precisa fazer uma mea culpa, já que tardou um pouco a fazer uma campanha de esclarecimento. Faltou informação ao eleitor para explicar como funciona o sistema eletrônico de votação e assim debelar e afastar alguma dúvida ou receio que o cidadão pudesse ter quanto ao funcionamento", afirmou Noé.

Segundo ele, nada foi comprovado e os casos colocados sob suspeita se deram por problemas técnicos nas urnas. "Por exemplo: a questão de supostamente alguns eleitores não terem visto aparecer foto do candidato. Isso se deve a alguns fatores técnicos naturais e não necessariamente fraude. Existem vários modelos de urna, alguns aparecem os dados mais rápido. Em outros estados que tiveram questionamentos, todas as urnas foram auditadas", declarou.

Patrício Noé ressaltou que aconteceram muitos erros cometidos pelo eleitor na hora de usar a urna, como trocar voto de presidente por governador.

"Houve casos no país que uma seção onde não havia candidato a governador pelo PSL, tinha havido voto para governador no 17. Atestando que as pessoas tinham votado para governador como se fosse presidente, trocando os campos. Ou seja, erraram na hora de votar. Votaram para governador  como se fosse para presidente, algo em torno de 100 mil pessoas. Houve erro na hora de votar. As pessoas votaram rápido demais", destacou.

O procurador lembrou que tudo já foi esclarecido pelo TSE, embora as suspeitas de fraude tenham se espalhado pelo país. "Os fatos estão explicados no site do TSE. Tudo foi investigado. Eles (TSE) criaram depois um comitê só para investigar e esclarecer a população. É uma pena que isso tenha sido feito depois de estourar essa onde de boatos. Se criou uma histeria coletiva em torno desse receio de estar havendo fraude, mas está tudo sendo esclarecido pela justiça", finalizou.

Lidia Brito e Hérlon Moraes
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