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Promotores denunciam 'estado paralelo' em Picos

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O promotor José Meton Filho, coordenador do Centro de Apoio às Promotorias Criminais do Ministério Público, vai entregar ainda hoje(01), aos órgãos competentes, um documento que denuncia a criação de um Conselho Comunitário de Segurança Pública em Picos, que segundo ele, seria ilegal.

O documento será entregue ao governador do Estado, Wellington Dias, secretário de Segurança, Robert Rios e ao comandante geral da Polícia Militar, Coronel Francisco Prado. O Conselho tem como membro permanente o comandante do 4º Batalhão, Major Wagner Torres, que é acusado de ser conivente com a tortura de presos em Picos, no mês de outubro.
 

O promotor Meton Filho

De acordo com José Meton, o Conselho de Segurança serviria como um “estado paralelo” de segurança, onde os membros auxiliariam as forças policiais com aquisição de equipamentos e acessórios. O mais grave para o promotor, é que o Conselho é registrado em cartório e serve para beneficiar segmentos sociais, que também são membros.

“Os equipamentos e acessórios que o Conselho pede aos membros honorários, são: armamentos, viaturas, coletes. Esses materiais são fornecidos pelo Estado, que tem a licença oficial para comprá-los. Então esse é um estado paralelo que existe legalmente, mas transcende a legalidade. É a formação de uma milícia para auxiliar as forças policiais e privilegiar alguns segmentos sociais”, destacou José Meton.

O membro do Ministério Público quer a abertura de um inquérito policial para apurar as possíveis irregularidades que o Conselho possa estar exercendo. As denúncias foram feitas pelo promotor de Picos, Elói Pereira, que teve acesso aos documentos.


Caroline Oliveira
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