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Matizes fará campanha para "casamento gay"

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O artesão G.S.O., de 40 anos, foi expulso de casa após a morte de seu companheiro em maio deste ano, e até hoje vive da ajuda de amigos. Depois de morar 20 anos com seu parceiro, ele não teve direito a sequer pegar suas roupas em casa, e luta para reaver todos os bens que construiu nas duas últimas décadas. O Grupo Matizes está ajudando o homossexual a recorrer na Justiça para poder voltar para casa.
 


A.F.G.I.S. era servidor público municipal e morreu no dia 31 de maio, aos 47 anos, vítima de ataque cardíaco. A família do morto culpa G.S.O. alegando que ele não chamou o serviço de urgência. O artesão rebate e diz que essa era sia intenção, mas ele reagiu e disse que não queria médico, e deveria morrer se essa fosse a sua hora.

Desde então, G.S.O. não pode mais entrar em casa. No velório, foi agredido por familiares de seu parceiro, e chegou a dar queixa no 9º Distrito Policial. Ao tentar ir na casa no bairro Alto Alegre, ele foi impedido pela irmã do servidor público. Depois de ligar para o Disque Cidadania Homossexual, foi acolhido pelo projeto "Família acolhedora", mantido pela Secretaria Municipal de Trabalho, Assistência Social, e Cidadania.
 



G.S.O. está na casa de um amigo no bairro Monte Alegre, zona norte, e disse ao Cidadeverde.com que vai lutar pelos direitos. "Eu vou lutar até o fim, eu quero a minha casa de volta. Não estou mais suportando tudo isso", afirmou, depois de chorar por várias vezes durante toda a entrevista.

Marinalva Santana, do Grupo Matizes, afirmou que a Defensoria Pública foi acionada para esse e outro caso semelhante que envolve uma lésbica. O defensor Igor Castelo Branco já ajuizou ação para que as uniões estáveis sejam reconhecidas. Como tanto o gay como a lésbica que falecereram servidores municipais, e o Matizes defende que seus parceiros recebam pensão do Instituto de Previdência do Município de Teresina.

Campanha
Para que problemas como esses sejam evitados, o Matizes fará uma campanha para que casais de gays e lésbicas façam o registro de sua união civil estável em cartório. A campanha vai orientar os homossexuais a partir de janeiro de 2009.

Yala Sena (flash)
Fábio Lima (da Redação)
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