"Por que [a CBF] não marcou o jogo para um estádio para 50 mil? Lá não teria custo nem de viagem, tudo à disposição do Goiás e capacidade boa. Levasse para lá e o ingresso custaria R$ 120, com estudante pagando meia. Lá [em Uberlândia] estavam interessados na mídia mundial refletindo o nome da cidade, por isso bancariam tudo", diz Edmo Pinheiro, vice-presidente do time goiano, em entrevista ao SporTV.
A necessidade do Goiás é conseguir uma arrecadação para pagar suas contas. Alega ainda que tem um estudo onde constata que 90% dos ingressos vendidos no Bezerrão são de estudante, ou seja, meia-entrada. E o que precisa é de R$ 200 por bilhete. "Se o Goiás vender a R$ 200, só de despesa com estádio e ingresso ultrapassa R$ 1,2 milhão, com renda de R$ 3,5 milhões, se vender tudo", emenda Pinheiro.
O dirigente goiano não aceita a acusação de estar elitizando o acesso à partida. "Para o nosso torcedor, cobramos R$ 5 em vários jogos neste ano. E ninguém paga as nossas contas a não ser o próprio Goiás. Se fosse a R$ 50, só cambista ia comprar e vender mais caro, ou seja, o lucro seria só para eles".
Edmo Pinheiro avisou ainda que não há limite de ingressos para o torcedor são-paulino. "A gente sabe que o interesse desse jogo é do São Paulo, e nós já avisamos ao clube que a gente não vai limitar os ingressos nos 10% a que eles tem direito pelo regulamento."
Fonte: Estadão