O secretário estadual de Saúde, Florentino Neto, participou de audiência na Assembleia na manhã desta quinta-feira (29). O secretário é acusado pela oposição de usar a secretaria para fazer uso político.
Os deputados da oposição denunciam que a saúde abriga aliados políticos do secretário, enquanto os hospitais não tem capacidade de atender os pacientes.
"Não resta dúvida que existe politização da saúde. É um caos generalizado na saúde e o governo sempre colocando a questão para depois. Há denúncias dos hospitais praticamente fechados. Falta tudo, principalmente, na Maternidade Evangelina Rosa. Só em 2018, 253 crianças e 15 mães morreram na maternidade. Já há denúncia de falta de alimentação para pacientes que estão na UTI. O governo não apresentou nenhuma medida urgente. Não podemos esperar outra maternidade. É preciso urgência", disse o deputado Gustavo Neiva.
Florentino Neto reage às críticas e diz que a saúde melhorou. Segundo ele, nos últimos anos a transferência de pacientes para Teresina diminuiu.
"Os números refletem a verdade. Os números me dizem que reduzimos a transferência de pacientes do interior para Teresina. Em alguns municípios essa redução chega a mais de 70%. Se reduzimos o envio de pacientes do interior para Teresina é porque o investimento nos hospitais regionais surte efeito. Foram recursos estaduais e emendas dos parlamentares", disse.
Florentino Neto diz ser criticado por não fazer política. "Sou criticado por não fazer política e ser técnico. É o estilo que busco ser fiel. A gestão da saúde não pode ser politizada. Temos que seguir", disse.
A oposição denúncia que fornecedores estão há 10 meses sem receber. O secretário confirma os atrasos, mas nega um período tão grande.
"A secretaria passa o recurso aos hospitais e cabe aos hospitais contratar os insumos e serviços. A realidade não é homogênea. O nível de atraso pode ser diferente. Mas não chega a como a oposição colocou, afirmou.
Flash Lídia Brito
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