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Cassação de Mão Santa vira exemplo de impunidade

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José Cruz/Agência Senado
 
A edição desta semana da revista Veja traz entre suas reportagens uma comparação sobre as punições aos políticos no Brasil e nos Estados Unidos. Nas páginas abertas com o título "Quando a farra acaba em cadeia", o repórter André Petry conta dos EUA como os políticos de lá são punidos, e faz um paralelo com nomes de governadores cassados, como Cássio Cunha Lima, ainda aguardando julgamento de recurso na Paraíba, Flamarion Portela, de Roraima, e o hoje senador Mão Santa (PMDB/PI).
 
Ao falar de Mão Santa, a reportagem lembra que o pmdebista foi o primeiro governador no país punido com a nova legislação eleitoral, que prevê perda de mandato por uso da máquina ou compra de votos. A matéria conta que, mesmo cassado, o senador goza de pensão de ex-governador, que ele não revela o valor. O senador voltou a culpar o então ministro do Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim, por ser culpado pela armação que o tirou do cargo.
 
A mesma reportagem mostra que os norte-americanos não contam com tanta facilidade como no Brasil. Uma mentira pode dar perda de mandato e até prisão para políticos nos Estados Unidos.
 
  • Veja o trecho que cita Mão Santa:
Em 2001, o governador do Piauí, Mão Santa, foi o primeiro governador punido sobre a nova legislação eleitoral, que prevê perda do mandato por uso da máquina pública ou compra de votos. Logo depois de ser expulso do cargo, Mão Santa concorreu ao Senado: "Foi uma assombração de votos", diz ele, que tem mandato de senador até 2011. Mesmo cassado, recebe a pensão de ex-governador, cujo valor diz ignorar. Ele diz que quem cuida das finanças domésticas é sua mulher.
 
Até hoje ele acredita que sua cassação foi uma armação política urdida por Nelson Jobim, então ministro do Supremo Tribunal Federal. Ele explica: "Você sabe como é. Na calada da noite eles vêm e... pá!"
 
Yala Sena e Fábio Lima
[email protected]
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