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Regina diz que vice será "fiscal" e que secretários terão que justificar contratações

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A vice-governadora Regina Sousa não irá ocupar nenhuma pasta no governo, mas já adiantou que vai ser uma espécie de fiscal da equipe administrativa. Ela ressaltou que seu papel será de acompanhar as metas estabelecidas pelo governador Wellington Dias e que os secretários terão de seguir os contratos de gestão firmados, caso contrário deverão pedir para sair. A vice, que falou à TV Cidade Verde nesta quarta-feira (20), chamou atenção principalmente para as contratações, que passam agora a ser centralizadas na Secretaria de Administração.

"Quando fui secretária eu tinha um olhar geral do Estado. Eu tenho essa capacidade de articular informações. Eu pretendo continuar assim e acho que não devo assumir mesmo nenhuma secretaria. Vou fazer um acompanhamento das metas de gestão. Vai ter o contrato de gestão de cada secretaria e eu vou acompanhar para saber quem está andando em direção a essas metas. Sou alguém que vai ficar vendo de fora, pois quem está de fora vê mais", disse, defendendo as centralizações na Sead.

"Algumas coisas precisa centralizar. No meu tempo era centralizado. Não é tirar autonomia do gestor, mas ele não pode contratar pessoal. Vai ter que justificar, mandar o pedido. Ninguém vai negar se for justo, mas tem que mostrar que é preciso. Às vezes tem gente demais em um hospital para satisfazer algumas pessoas, e aí está faltando a seringa, a luva. Não pode ser assim. Tem que ter mais gestão", acrescentou.

Regina falou da reforma administrativa e disse que, nem sempre, acabar com órgãos significa economia. A vice também admitiu que cortar gastos é difícil.

"Vamos fazer um ajuste da gestão da despesa que não depende de lei. Extinção ou função de órgão não necessariamente traz receita. É só olhar o Temer. Precisamos saber se o órgão é necessário, se está dando certo. Tem que ser uma coisa racional. Cortar cargos é difícil, mas têm outras despesas que precisam ajustar, como o transporte", garantiu.

Para Regina, quem não atingir as metas do governo deve pedir para sair. "Vamos apresentar que gestão a gente quer para as pessoas se adaptarem a esse novo modelo que a gente quer dar. Com o contrato de desempenho, pois aí quando chegar com 6 meses vão avaliar e o secretário que não atingir suas metas, ele mesmo deve pedir para sair. Não é possível que ele não atinja nenhuma meta e queira continuar. Acho que essa coisa vai influenciar", afirmou.

Ela também defendeu as Parcerias Político Privadas (PPPs). "O Estado não tem como olhar para ver tudo. Algumas coisas precisam ir mesmo para a gestão privada. É importante", disse.

Foto: Roberta Aline

Governador precisa dizer não

A vice-governadora explicou o que quis dizer quando afirmou em seu discurso de posse ontem que o governador vai precisar aprender dizer não. "A gente tem sempre uma brincadeira com o Wellington de que ele não sabe dizer não. Ele diz não e as pessoas entendem sim. Foi mais uma brincadeira. Eu quis dizer que as pessoas que estão mais próximas, legitimamente querem puxar o seu e conseguem às vezes em detrimento aos que estão mais longe, daqueles que nem chegam perto dos gestores. Quem está longe precisa ser visto. Falei até do trem da inclusão, que ele passou e muita gente não estava na estação. Então, não foi visto. Então o trem tem que voltar e pegar essas pessoas. Tem muita gente ainda precisando avançar. É nesse sentido que a gente precisa dizer não para algumas coisas. Talvez desgoste algumas pessoas, mas em função dessas que precisam vir e se incorporar", afirmou.

Hérlon Moraes
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