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Sintepi denuncia que obra de Afrânio Castelo Branco está sendo destruída na Cepisa

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O Sindicato dos Urbanitários do Piauí  (Sintepi) denunciou na manhã desta segunda-feira (14) que um painel do artista plástico piauiense Afrânio Castelo Branco, exposto no prédio da Cepisa, na Avenida Maranhão, está sendo destruído. A pintura foi feita na década 70 e é considerada uma das mais importantes obras artísticas do Piauí. 

O painel fica na entrada do prédio da Cepisa e estaria sendo danificado na reforma feita atualmente no prédio. O presidente do Sintepi, Paulo Sampaio, disse ao Cidadeverde.com que a situação é lamentável e que haverá uma perda irreparável para a cultura do Estado caso o painel seja destruído completamente. 

“Esse grupo Equatorial, que agora controla a Cepisa e não é do Piauí, está desfazendo um dos trabalhos mais importantes da pintura do Estado, obra do saudoso e consagrado artista plástico Afrânio Castelo Branco, que faleceu em 2017, deixando um legado importante para a história e a cultura do Piauí”, lamenta Paulo.

O Sindicato adianta que nesta terça-feira (15) fará uma denúncia formal ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O presidente do Sintepi esclarece que as telas e o prédio da Cepisa, pela sua arquitetura, são tombados como patrimônio do Estado.

“Vamos acionar o Iphan porque a Equatorial não tinha o direito legal de destruir a história do povo piauiense, de forma que poucas obras do artista ainda estão preservadas em prédios públicos do Estado”, acrescenta o sindicalista.

Procurada pelo Cidadeverde.com, a assessoria de imprensa da Cepisa negou a versão do sindicato e informou que as obras serão restauradas. A empresa enviou nota para em que esclarece a situação. A nota diz que as obras não estão sendo destruídas e que quando assumiu o controle da Cepisa, já encontrou as obras "em avançado estado de deteriorização". Veja a nota: 

Restauração das obras de Afrânio C. Branco

A Cepisa esclarece que não procede a informação de que estão sendo destruídas as obras do artista Afrânio Castelo Branco que ilustram, desde a década de 1970, o hall de entrada de um dos edifícios-sede da empresa em Teresina. O grupo Equatorial Energia, quando assumiu o controle da empresa, em outubro de 2018, já encontrou as obras em avançado estado de deterioração e, por isso, realizou estudos e cotações de orçamento para a restauração das telas com artistas habilitados para as técnicas de pintura originais das telas.

Como etapa inicial do projeto de restauração, o painel Sinfonia da luz começou a ser removido do local. Já as obras Zebelê e Cabeça da Cuia, foram cobertas, há cerca de um ano, como forma de proteção da já evoluída deterioração causada por mais de 40 anos de exposição.
 
A Cepisa respeita e reconhece os artistas e a história piauiense e não tem a intenção de perder uma obra de tão grande valor histórico-cultural para o Estado.

Izabella Pimentel
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