Cidadeverde.com

Motoristas se reúnem na Câmara e garantem frota de 70% na greve

Imprimir
  • greve_onibus-13.jpg Roberta Aline/Cidadeverde.com
  • greve_onibus-12.jpg Roberta Aline/Cidadeverde.com
  • greve_onibus-11.jpg Roberta Aline/Cidadeverde.com
  • greve_onibus-10.jpg Roberta Aline/Cidadeverde.com
  • greve_onibus-8.jpg Roberta Aline/Cidadeverde.com
  • greve_onibus-7.jpg Roberta Aline/Cidadeverde.com
  • greve_onibus-6.jpg Roberta Aline/Cidadeverde.com
  • greve_onibus-5.jpg Roberta Aline/Cidadeverde.com
  • greve_onibus-4.jpg Roberta Aline/Cidadeverde.com
  • greve_onibus-3.jpg Roberta Aline/Cidadeverde.com

Atualizada às 11h13

A direção do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro) se reúne com vereadores de Teresina na manhã desta quinta-feira (7) para discutir alternativas para pôr fim a greve dos ônibus que já dura quatro dias.

A categoria programava um protesto nas ruas do Centro de Teresina, mas o movimento foi suspenso com a decisão do desembargador do Tribunal Regional do Trabalho, Wellington Jim Boavista. O magistrado determinou na tarde desta quarta-feira (6) que 70% da frota dos ônibus circule no horário de pico durante a greve dos motoristas e cobradores. A categoria reivindica reajuste salarial. 

A direção do Sindicato garante que está cumprindo os 70% da frota. 

"Estamos cumprindo a liminar de 70% no horário de pico e 50% nos demais horários. Essa decisão trouxe prejuízos para a categoria, mas a greve continua e estamos abertos a negociações", disse Ajuri Dias, vice-presidente do Sintetro.  

"O presidente da Câmara nos convocou para uma audiência agora para entender como está o movimento", completa o vice-presidente.

Além dos representantes do Sintetro, a Câmara dos  Vereadores convocou representantes do TRT-PI, Setut e Strans para articular uma negociação e por fim a greve dos ônibus que já dura quatro dias.  "A Câmara não tem o papel de negociar questões trabalhistas, mas temos o dever constitucional, moral de ajudar a intermediar essa conversa. Quem paga pelo sistema é a população e que é quem mais está sofrendo", disse o vereador Dudu.

Vereadora tentam intermediar acordo. Foto:Indira Gomes

O parlamentar informou que a reunião com representantes do Setut deve ocorrer separadamente para evitar exaltação de ânimos.

"Vamos tentar encontrar uma saída. O caos está generalizado", reitera o vereador. 

A reunião acontecerá no plenarinho da Câmara ainda pela manhã. Dudu diz que a intenção é que as partes cheguem a um consenso e a greve seja suspensa. 

"A idéia é que os ônibus voltem a rodar e as negociações continuem em paralelo", disse Dudu.

Inicialmente os trabalhadores pediram reajuste de 8,43%. No entanto ,em reunião feita no Tribunal Regional do Trabalho a categoria recuou e reduziu o pedido de aumento para 5%. O Setut deu uma contraproposta de aumento de 4%, mas exigiu jornada dupla. Os motoristas e cobradores rejeitaram.

Esta é uma das greves de motoristas e cobradores mais longas dos últimos anos. 

Sintetro aguarda contra proposta 

O presidente do Sintetro, Fernando Feijão, avaliou com tristeza a liminar que determinou o aumento da circulação da frota durante a greve.  

"A gente fica muito triste porque a gente vinha cumprindo os 30% e fomos surpreendidos com uma liminar mandando rodar 70%. Com isso, o TRT praticamente acabou com a greve. É uma situação complexa", disse Feijão. 

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com 

O sindicalista disse que os trabalhadores ainda aguardam uma contra proposta aceitável. 

"O Setut alega que a prefeitura não repassa, mas nós não temos contrato com a prefeitura, ou seja, não temos nada a ver com isso. Nessa reunião na Câmara vamos colocar para os vereadores como funciona o sistema de trânsito", completou. 

Feijão disse que a categoria aguarda ainda uma nova determinação judicial ou negociação com o Setut para decidir os rumos da greve.

 

Yala Sena e Graciane Sousa
[email protected] 

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais