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Barraqueiros temem que Curva São Paulo vire "Potycabana"

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Fotos: Conceição Santos/Cidadeverde.com
 
O tempo fechou, e os arrendatários de barracas do balneário Curva São Paulo começam a ficar temerosos. Eles reclamam da Prefeitura de Teresina, e da própria associação, que estaria sendo omissa para resolver os problemas do local. Desde melhorias não realizadas após as enchentes até mesmo queixas internas quanto ao som colocado nos bares: não há acordo entre os que trabalham na área de lazer da zona sudeste.
 
A principal reclamação é quanto às melhorias no local após a enchente do início do ano. Os barraqueiros apontam para a terra, que voltou a ceder, e se queixa da volta das chuvas, que já afastou o público do local. Além disso, os chuveiros instalados pela Prefeitura não estariam funcionando. Janete Rodrigues de Sousa é uma das barraqueiras, que acusa a prefeitura de abandonar o local e teme que o balneário vire uma nova Potycabana.
 
 
 
 
"Não fizeram uma programação de Natal, não botaram um enfeite sequer. Se nada for feito, isso vai fechar e vai virar uma nova Potycabana. Tem gente que fez empréstimo para pagar dívidas. E a associação está falida, não tem dinheiro, não serve para nada", protestou. O único evento que iria movimentar o Natal da Curva foi cancelado em cima da hora. Ontem haveria um bingo no balneário, com banda de forró do Ceará, mas a associação alegou falta de tempo para se vender os cartões, confeccionados fora da cidade para evitar fraudes.
 
Para o barraqueiro Luís Alves, a associação também é omissa. Ele se queixa que a presidente sequer possui barraca no local. Os protestos ainda se estendem ao palco, sem estrutura, e ao sistema de som unificado da Curva, colocado em todas as barracas, mas renegado por alguns, que colocam DVDs de outros estilos concorrendo com o som ambiente.
 
 
Sobre a reclamação da falta de eventos, a presidente da associação, Maria Hélia Barbosa Ribeiro, se defende. Ela diz que as primeiras festas foram barradas a pedido do prefeito Sílvio Mendes, que solicitou que as mesmas ocorressem após sua posse, em janeiro. A presidente se queixa ainda das dívidas pela falta de público no local. Em contas de água e luz, são R$ 4 mil atrasados. Dos 46 arrendatários, só seis estão em dia com a taxa de manutenção de R$ 8,20. Os quatro vigias e duas zeladoras estão com os salários atrasados.
 
Conceição Santos (flash da Curva São Paulo)
Fábio Lima (da Redação)
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