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Clubes continuarão a pagar por comportamento de torcedores

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Há anos que comento sobre a injusta punição aos clubes de futebol por atitudes de torcedores. Um elemento qualquer lança um objeto no campo e o clube mandante é punido com perda de mando de campo. 

Foto - Reprodução

Às vezes é obrigado a jogar com os portões fechados em vários jogos. O mesmo acontece quando há invasão de campo, briga nas arquibancadas etc.  Pergunta-se: como o clube pode controlar milhares de torcedores ?

Nem mesmo os policiais e uma centena de funcionários que estão a serviço nos mais diferentes pontos dos estádios conseguem. 

Os clubes deixam de arrecadar alguns milhões de reais como receita de bilheteria, o que acaba prejudicando os seus profissionais.  E tem mais: milhares de torcedores são punidos por conta do comportamento de alguém ou de uns poucos. 

Os inocentes são punidos e os verdadeiros responsáveis nada sofrem. Os baderneiros seguem livres, montados na impunidade, prontos para a próxima "brincadeira".

Agora o Procurador Geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Falipe Bevilacqua, divulgou uma recomendação visando combater os casos de homofobia nos jogos de futebol no futebol brasileiro, endereçado a clubes e federações para que atuem de maneira preventiva contra o preconceito.  

E os árbitros terão que relatar nas súmulas dos jogos todo tipo de manifestação nesse sentido. Diz o texto:
 
"A partir desta data (19.08.2019) os árbitros, auxiliares e delegados das partidas relatem na súmula e/ou documentos oficiais dos jogos a ocorrência de manifestações preconceituosas e de injúria em decorrência de opção sexual por torcedores ou partícipes das competições, devendo os oficiais das partidas serem orientados da presente manifestação, bem como, cumpram todas as determinações regulamentares aplicáveis em vigor".

Em outro ponto do texto o STJD diz que "clubes e federações realizem campanhas educativas junto aos torcedores, atletas e demais partícipes das competições com o fim de evitar a ocorrência de infrações desta natureza, o mais breve possível."

Antes mesmo da atual recomendação, o Presidente do STJD, Paulo César Salomão Filho, já havia anunciado punição com multa ou até mesmo perda de pontos de clubes cujos torcedores cantarem gritos homofóbicos nos estádios de futebol.

Assim, os clubes continuarão sendo punidos e os verdadeiros responsáveis estarão desrespeitando a determinação do STJD.

Dídimo de Castro
[email protected]

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