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Sobe número de mortes causadas por raios

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Levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostra que, no ano passado, o número de mortes causadas por raios aumentou no país. Segundo o Inpe, foram 75 mortes. No ano anterior, 47. A maioria ocorreu no Sudeste, principalmente em São Paulo.
 
Os pesquisadores estão mapeando os lugares onde mais caem raios, no Brasil, para tentar entender os fatores que provocam a descarga elétrica. Neste verão, será preciso tomar muito cuidado, porque o número de raios pode ser recorde mais uma vez.
 
Em São Bernardo do Campo (SP), professores e alunos de engenharia e de física estudam o fenômeno desde 2004. Com a ajuda de aparelhos e computadores, eles fotografam e monitoram os raios no momento em que eles acontecem. “Cada relâmpago tem sua assinatura e sua identidade. É algo que a gente não domina e que a gente só pode aprender observando”, explica a professora de física Rosângela Gin. 
 
MORTES
O número de mortos em 2008 aumentou e, segundo o Inpe, foi o maior na década. Setenta e cinco mortes foram registradas em todo o país. No ano anterior, 47.  O recorde anterior era de 73, em 2001. No ano passado, a maioria ocorreu no Sudeste, principalmente em São Paulo (20). “É resultado da combinação de duas coisas: bastante raio e bastante gente. Cerca de um quarto da população brasileira vive em São Paulo. É uma combinação explosiva”, diz o coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat/Inpe), Osmar Pinto Junior. Quase 80% das vítimas eram homens; metade tinha entre 25 e 59 anos. A maioria trabalhava na zona rural. 
 
PROTEÇÃO
As superfícies metálicas costumam atrair os raios, mas os carros funcionam como proteção e, ao contrário do que se pensa, não são os pneus nem a borracha que anulam a descarga elétrica. “Carro e prédio são superfícies fechadas e protegem. Quiosque não protege. Árvore não protege. Está fechado só em cima. O efeito tem que ser de gaiola e ter a mesma proteção em cima e em volta”, diz a professora Rosângela.

De cada dez mortes provocadas por raios no ano passado, uma foi em rodovias. Pessoas andando em moto ou bicicleta correm maior risco e não só durante as tempestades, porque uma nuvem pode descarregar raios em uma distância de até dez quilômetros.

É bom se preparar, porque o ano de 2009 tem tudo para repetir 2008. Por conta do fenômeno meteorológico La Niña, que atua sobre as águas do Pacífico e provoca mudanças bruscas no clima.

As regiões com maior incidência para a queda de raios continuam sendo Norte e Nordeste. Com menos chances, estão os estados do Sul. As regiões Centro-Oeste e Sudeste ficam em uma zona de transição, o que dificulta qualquer previsão. 
 
PREVENÇÃO
Para se prevenir, quando houver tempestade, não fique próximo a tomadas. Jamais use o telefone com fio ou o celular ligado a um carregador. Se o raio atingir a rede telefônica ou elétrica, a força é conduzida pelos fios. A água e a terra são condutores naturais dos raios. Por isso, evite banhos em lagos, mar e piscina.

“Em 2008, a chance de uma pessoa ter sido atingida por um raio no estado de São Paulo foi de uma para 2 milhões. Isso é maior do que ganhar na loteria com um palpite simples”, compara Pinto Junior.  O alerta vale também para quem gosta de sentar na varanda de casa para ver a chuva. Há um risco considerável de ser atingido por um raio. Melhor ficar dentro de casa e com janela fechada.

 

Fonte: G1

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