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Motoristas de ônibus ameaçam paralisar na próxima quarta-feira (25)

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Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários de Teresina (Sintetro) anunciaram indicativo de paralisação para a próxima quarta-feira, dia 25, caso as reivindicações da categoria não sejam negociadas em audiência marcada para segunda-feira (23).

Os trabalhadores reivindicam pagamentos de férias e horas extras, denunciam ausência de repasses para os planos de saúde e são contrários a duplicação das jornadas de trabalho.

A negociação com o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina (Setut)  marcada para o início da próxima semana será feira na Superintendência Municipal de Trânsito (Strans). “Se na Strans os trabalhadores não forem atendidos, acredito que no máximo na quarta-feira (23) estaremos parando”, disse o presidente do Sintetro, Fernando Feijão. 

Segundo o sindicato, são cerca de 1.600 trabalhadores de transportes coletivos em pouco mais de 10 empresas organizadas em quatro consórcios.

Reivindicações

A pauta apresentada pela categoria não inclui aumento salarial. 

“Queremos os pagamentos das férias e horas extras que foram pagas com base no salário de 2018, que sejam pagas as diferenças e que não haja atraso. Que acabem com o sistema de duas pegadas. Eles obrigam os funcionários a trabalharem em alguns casos de 4h às 21h. Uma rotina desgastante. Vai que um motoristas desses dorme no volante”, alerta o sindicalista.

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

De acordo com o Sintetro, a cobrança rígida para os motoristas nos horários dos ônibus e a falta de estrutura para os funcionários nos terminais também são pontos de reivindicação.

Os rodoviários também reclamam da suspensão dos chamados ‘ônibus corujões’, que funcionam no horário da madrugada. “Queriam que o motorista também fizesse a função de cobrador. O sindicato não aceitou e eles acabaram com dois corujões da zona Sudeste. Como os trabalhadores e as pessoas vão voltar para casa a noite?”, questiona Feijão.

O repasse no plano de saúde, que foi reajustado em 3.8%, não estaria sendo repassado à empresa, que ameaça suspender o serviço, de acordo com o Sintetro. “Como ficarão os trabalhadores, que depende muito do plano pra tratamentos de saúde”, alega. 

Em nota o Setut informou que algumas das pautas reivindicadas devem ser discutidas com a Prefeitura de Teresina e outras com a Justiça do Trabalho. O sindicato das empresas afirmou que as “solicitações não justificam paralisações, atrapalhando a cidade e seus cidadãos”.

O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) informa que dentre as demandas citadas, umas devem ser discutidas junto à justiça do trabalho e outras junto ao poder concedente. O SETUT entende que as solicitações não justificam paralisações, atrapalhando a cidade e seus cidadãos.

Valmir Macêdo
[email protected]

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