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Limma diz que interdição de casas de farinha é inadequada e propõe “trégua” com o MPT

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Fotos: Geirlys Silva

O deputado estadual Francisco Limma (PT), líder do governo na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), caracterizou como inadequada a lei que interditou as casas de beneficiamento de farinha de mandioca na região de Marcolândia em agosto deste ano. Trabalhadores chegaram a interditar trecho da BR-316 em protesto contra a medida. O assunto foi pauta no plenário da Alepi, 29 dos 30 parlamentares aprovaram uma audiência pública que foi realizada no município nessa sexta-feira (27) e reuniu lideranças dos trabalhadores, produtores de mandioca e beneficiadores da planta.

“A lei que está sendo utilizada para a notificação e interdição da fábrica de farinha é uma lei antiga, é uma lei inadequada à realidade das pequenas casas de farinha artesanais. Não podemos comparar uma carreta com um carro de brinquedo. Não posso adotar uma norma utilizada para as grandes indústrias do Sul do país para aplicar para uma pequena casa de farinha no sertão nordestino”, aponta Limma.

Foto: Divulgação MPT

Trabalhador em máquina de beneficiamento.

A região de Marcolândia e de municípios piauienses como Caldeirão Grande e Simões é uma das maiores produtoras do insumo no Piauí. Fronteira com estados do Ceará e Pernambuco o fechamento reuniu parlamentares dos estados vizinhos, também afetados com as interdições. 


Audiência Pública lotou o plenário da Câmara de Vereadores de Marcolândia e a populaçãoteve de acompanhar do lado de fora.

“É preciso a gente barrar, fazer uma negociação com o Ministério Público do Trabalho e com o Ministério da Economia, do Trabalho e Emprego para poder suspender temporariamente até que a gente tenha um plano de enfrentamento da crise. Não se faz isso de uma hora para outra. Estamos propondo uma trégua de 120 dias enquanto a gente encontra uma solução”, pede o deputado.

Nas vistorias feitas por auditores fiscais do trabalho, foram detectadas precariedades nas condições de trabalho, além de fatores ambientais.

Além da Alepi, o assunto deve ser levado ao Fórum de Governadores, à APPM, e à  bancada federal de parlamentares do Nordeste.

Valmir Macêdo
[email protected]

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