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21 conselhos para vivermos neste século: o STEAM pode fazer a diferença na educação

Quem se deteve na leitura do livro 21 lições para o século 21, do israelense Yuval Noah Harari, deve ter ficado pensativo diante do futuro. O escritor de bestsellers (autor também de Sapiens e Homo Deus) traz na sua nova obra 21 reflexões bem importantes sobre esta transição que estamos vivendo entre o presente e o futuro próximo.

O livro traz no seu segundo capítulo um panorama relacionado ao trabalho e o quanto as tecnologias desenvolvidas no presente poderão mudar a oferta de alguns empregos no futuro. Ele concentra suas atenções para como a Inteligência Artificial poderá mudar a vida de quem escolheu profissões tão diferentes e que, a princípio, seria inimaginável que pudessem ser substituídas por máquinas, como a de motoristas ou médicos, por exemplo.

Ao pensar sobre isso, o pai de uma criança no início da vida escolar pode trazer para si a responsabilidade direta sobre o futuro de sua criança. Por mais que se deixe a livre escolha da criança, é possível que em um futuro bem próximo, as escolhas de hoje já representem más escolhas para daqui a cinco ou dez anos, apenas, quando nos referimos ao futuro do trabalho.

É muito provável que as escolas, assim como as pessoas somente preocupadas como o futuro de seus filhos, ainda não estejam focadas para formar os profissionais do futuro, até porque este futuro, ainda que existam projeções como as citadas por Harari, seja um tanto quanto imprevisível. Mas a pergunta clássica seria: e agora?

Na dimensão do que vem acontecendo, seria muito interessante que as escolas mantivessem a tradição de colocar conteúdos no que ensina, mas aliando isso a outros recursos que primassem pela lapidação da cognição infantil no desenvolvimento de habilidades. Teóricos da educação como Ausubel, já defendem há algum tempo, um ensino focado no protagonismo da criança. Se a criança se mantém como protagonista a sua cognição se forma dentro da capacidade de resolver problemas, o que talvez seja a principal habilidade que estará em alta para esta próxima geração de futuros profissionais.

A visão de Harari se baseia em situações que já aconteceram, como a necessidade de profissionais habilitados em lidar com ataques feitos por Veículos Aéreos Não Tripulados, os VANTs, por exemplo, que exigem um número muito maior de profissionais para lidar com eles do que simplesmente colocar um piloto de caças em um avião bombardeiro para uma guerra como as que ocorreram nos padrões da primeira e segunda guerras mundiais. O mundo está mudando muito rápido, e alguns dos seus principais valores ligados a profissões também.

Uma das formas de tentar mudar isso é usando o STEAM. O método que combina recursos da Ciências e da Matemática, aliados a técnicas obtidas a partir da Engenharia, Arte e Tecnologia, pode mudar o futuro das crianças que estarão às margens do Mercado de Trabalho dentro de uma ou duas décadas. O STEAM trabalha exatamente o aperfeiçoamento de habilidades, com base no método científico. Adotando o método STEAM a criança cria o hábito de usar etapas do método científico para responder perguntas, confirmando ou refutando hipóteses.

Na vida real, muitas das situações praticadas no STEAM podem surgir. Não existem respostas prontas para tudo, mas se você se condicionou a tentar resolver problemas estimulando sua criatividade, baseando-se no método científico, saberá se colocar em diferentes situações, recursos essenciais para um mercado em constante metamorfose. Ainda que a formação acadêmica indique um caminho para sólido, a inclusão de intempéries durante a caminhada pode apontar que apenas o acadêmico não foi o suficiente, gerando a necessidade de que outras habilidades tenham sido apreendidas.

Assim, observando o longo percurso que as crianças tem que percorrer e a assustadora imprevisibilidade do futuro o melhor seria apostar em uma educação voltada para aquisição de habilidades. O STEAM pode ser a ferramenta certa.

Boa semana para todos e todas.

 

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