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Secretário diz que estudante que sumiu após o Enem fez denúncias graves e está com tia

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A Polícia Civil do Piauí investiga as circustâncias do desaparecimento de uma estudante de 17 anos que sumiu em Teresina, no último domingo (03), após prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A garota só foi encontrada após mais de 72 horas do sumiço no município de União, a 59 km da Capital. O secretário de Segurança Pública do Piauí, Fábio Abreu, informou que, diante de denúncias graves feitas pela própria adolescente, neste momento, ela ficará sob os cuidados de uma tia materna. 

"Os relatos que ela fez, os problemas familiares, essa questão de pela segunda vez ela ter sido localizada em União, um provável indivíduo que fez o transporte nesse veículo branco a um sítio. Ela faz uma série de relatos até pelo fato dela estar abalada [...] são informações, de certa forma, graves e que não poderíamos fazer essa devolução sem fazer as observações a quem estar recebendo, principalmente, pelos relatos que ela faz em relação ao pai", disse o secretário de Segurança. 

A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) investiga o caso. Fábio Abreu pontua que estão sendo tomados todos os cuidados necessários para preservar as condições física e psicológica da estudante e de familiares. 

"Após o registro de BO do desaparecimento, começamos as investigações de forma a levar o acompanhamento psicológico, assistência social e toda a rede para o acompanhamento dessa jovem. Ela informou alguns detalhes relacionados ao convívio familiar, as razões dela estar afastada do seu lar. Vamos estar apurando pra que a gente forneça à Justiça a real situação", disse o secretário. 

 

Família conta que estudante fazia acompanhamento psicológico

A adolescente foi encontrada na noite desta quarta-feira (06) em uma praça da cidade de União após denúncias anônimas. Um morador do município reconheceu a estudante e a Polícia Militar foi acionada. 

"Ela estava aparentemente desorientada. Parece que veio parar em União de forma aleatória. De acordo com relatos, ela chorou muito", resumiu o capitão Miguel Luz, comandante do 16º BPM. 

Keyla Belém,  mãe da jovem, contou que a estudante fazia acompanhamento psicológico há dois anos e fez um alerta para que as famílias estejam mais atentas à saúde mental dos filhos adolescentes.

"Ela estava relativamente estável. É tanto que a psicóloga deu alta. Nesse segundo semestre, as terapias não foram acontecendo mais por conta da rotina da escola, muitas aulas no contraturno, a agenda da psicóloga não estava dando certo e em algum momento ela mesmo relatava que estava bem. Mas a gente sempre tendo esse acompanhamento", disse a mãe. 

Durante a noite, a menina foi levada de União para Teresina em uma viatura da PM acompanhada por uma tia.

"Não julgo, não quero julgar, não quero exigir isso dela. A única coisa que quero é amá-la, compreendê-la e respeitar esse momento que é um momento de recomeço, tanto pra ela quanto pra gente", disse o pai Gudson Costa.  

 

Graciane Sousa
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