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Diretor de penitenciária é afastado após denúncias

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A mobilização dos agentes penitenciários de Picos, como o apoio do SINPOLJUSPI, conseguiu o efeito desejado. A Secretaria de Justiça do Estado do Piauí afastou ontem (21) Edmar Edson Mendes Rodrigues do cargo de diretor da Penitenciária José de Deus Barros (PJDB).
 
Ele entrou de férias e foi substituído interinamente pelo capitão Carlos Gomes, mas nos próximos dias, o novo diretor do presídio será o agente penitenciário Vilobaldo de Carvalho, atual vice-diretor da penitenciária Irmão Guido, de Teresina.
 
Vilobaldo já esteve em Picos e começou a conversar com os agentes para tomar pé da situação. Com a mudança, os agentes da PJDB esperam que agora a situação mude, as condições de trabalho me lhorem e haja mais respeito da direção com os agentes.
 
"Acreditamos que o diálogo agora seja possível, já que a situação com o diretor anterior já havia ultrapassado o limite", afirma o diretor regional do SINPOLJUSPI em Picos, Rogério Bezerra, que trabalha na penitenciária.
 
Na semana passada, o presidente do SINPOLJUSPI, Jacinto Teles Coutinho, já havia entregado à secretária de Justiça, Cléia Maia, um abaixo-assinado feito pelos agentes penitenciários de Picos solicitando a saída de Edmar Edson. O documento foi assinado por 37 dos 39 agentes da penitenciária.
 
Além de Edmar, foi afastado também o chefe de disciplina Giovani Joaquim dos Santos, que, segundo Rogério Bezerra, foi um dos que contribuiu para o atrito entre os agentes a direção do presídio.
 
Antes do afastamento do diretor, a Secretaria de Justiça agiu com retaliação contra os agentes, que realizaram na última segunda-feira uma manifes tação pacífica pedindo a saída do diretor e outras reivindicações. A Sejus decidiu afastar, por 30 dias, os agentes penitenciários Ênio Menezes Maniçoba, Rogério Bezerra e José Paulo de Oliveira, o que gerou ainda mais revolta na categoria.
 
A atitude da Secretaria de Justiça levou o SINPOLJUSPI a mobilizar a categoria para uma possível greve a partir da próxima semana. "Lamentamos que a Sejus tenha agido dessa forma, principalmente após termos iniciado um diálogo pacífico na semana passada, quando estivemos no gabinete da Secretária Cléia Maia", afirma o presidente do SINPOLJUSPI, Jacinto Teles.
 
Apesar do afastamento de Edmar, quatro chefes de grupo (supervisores de plantão) comunicaram à direção do presídio que eles entregariam o cargo caso o antigo diretor voltasse ou a Sejus não revogasse a decisão que afastou os três agentes penitenciários.
 
O SINPOLJUSPI atribui a saída de Emar à luta dos a gentes penitenciários com o apoio do sindicato. "Por isso é importante a mobilização e união de todos", afirma Jacinto Teles.

 

Redação
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