Semana passada seis pessoas foram presas, entre elas, uma candidata à vice-prefeita por suposta compra de votos. Após pagarem fiança os acusados foram liberados. Hoje (24), o juiz e o delegado da cidade estiveram visitando o bairro Nova Vila, local de maior conflito entre facções adversárias.

“Eu e o delegado fomos dar uma volta pela cidade para evitar confusões. Há muitas denúncias de compra de votos dos dois lados, mas ainda nada foi constatado. Não vou proibir o direito de ir e vir das pessoas, mas a partir das 22 horas é proibida a manifestação pública”, afirmou o juiz José Airton Medeiros informado que os candidatos tiveram apenas 33 dias para fazer campanha.

A eleição do município – a 252 km de Teresina – foi anulada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. A candidatura de Francisco Antão Arraes de Carvalho (PMDB) não teve registro aceito no TSE e todos os seus votos foram considerados inexistentes. Isso fez com que a soma dos votos nulos da cidade ultrapassassem 50%.

Amanhã, 8.137 eleitores vão às urnas para escolher o novo prefeito. Dois candidatos disputam o pleito. Francisco Bezerra, do PTB, pela coligação “União pela paz e desenvolvimento de Pimenteiras” e Romualdo de Sousa Pereira, o Netinho, do PSB, pela aliança “Para respeitar o povo vitória de novo”.

O governador Wellington Dias (PT) esteve ontem na cidade e participou de carreata e comício pedindo votos para o candidato Netinho, do PSB.

COMPRA DE VOTOS
O delegado Danilo Melo, que foi deslocado para acompanhar a eleição em Pimenteiras garantiu que hoje com a presença dos policiais civis na cidade o clima ficou mais tranqüilo. “A presença dos policiais intimidou a briga de cabos eleitorais e compra de votos”, disse o delegado.

Na campanha, o juiz recebeu denúncias de compras de votos, retenção de títulos de eleitores e propaganda irregular. As reclamações estão sendo apuradas.

Por Yala Sena
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