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Firmino Filho vai decidir sobre reajuste de R$ 4,22 na tarifa de ônibus

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O assessor técnico da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), Ricardo Freitas, disse que o prefeito Firmino Filho tem autonomia para reduzir o reajuste proposto pelo Conselho Municipal de Transporte Coletivo de Teresina (CMTP) na passagem de ônibus. Segundo Freitas, a decisão final do prefeito deverá ser dada ainda esta semana. 

“O valor da tarifa é decidido apenas pelo prefeito. Pode não dar em nada. Óbvio que ele não vai fazer uma coisa absurda, mas quem tem o poder discricionário da tarifa é o prefeito. Ele recebe um estudo apresentado pela Strans homologado pelo sistema de transporte. Com base naquele estudo, ele toma a decisão dele”, afirmou o técnico da Strans em entrevista ao Jornal do Piauí nesta quarta-feira (29).

Ricardo Freitas reafirma que o reajuste do tarifa é uma etapa prevista no plano diretor de mobilidade urbana da cidade para, segundo ele, garantir fluxo de caixa para investimentos. O reajuste é de 9,59% sobre o valor vigente: atualmente, a inteira custa R$ 3,85 e a estudantil R$ 1,28. 

“Esse valor real, de cálculo, será até diminuído porque se o prefeito não der R$ 4,22 e der R$ 4,00 ou R$ 4,10 já vai diminuir esse percentual. O que a gente quer é que haja um equilíbrio do sistema e que se consiga manter o sistema em funcionamento, em ajuste, investimento”, disse.

Foto: Yasmim Cunha/Cidadeverde.com

Queda-de-braço

Ainda segundo o assessor técnico da Strans, o não aumento da passagem já foi alvo de desentendimentos entre a administração municipal e a classe de empresários do transporte coletivo.

“Os empresários têm uma capacidade limitada de investimentos, agora sim que eles estão conseguindo respirar. Durante quase todo esse tempo de implantação do Inthegra (Integração) a prefeitura e os empresários tiveram uma queda de braço por conta da questão do valor a ser adequado porque a própria prefeitura estimulou, cobrou um avanço em cima da melhoria da colocação de ônibus de ar-condicionado”, afirmou Freitas.

Colapso do sistema

Segundo a Strans, houve uma redução no número de passageiros, o que segundo o órgão segue um fenômeno nacional. Sem a implantação do Inthegra, o sistema de transporte de Teresina estaria em colapso. “Não tinha mais condições. As linhas cada vez mais extensas, cada vez mais dificuldade de operar bem, cada vez mais caro porque isso se redundaria em mais custos e cada vez mais passageiros saindo porque justamente não aguentavam mais o péssimo atendimento”, disse.

Valmir Macêdo
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