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Moradores da zona Norte lutam contra desapropriação

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Os moradores do conjunto Itaperu, zona Norte de Teresina não estão satisfeitos com a desapropriação que deve ocorrer nos próximos anos para reforma do Aeroporto Senador Petrônio Portela.
 

Na tarde de ontem (26), estiveram reunidos Prefeitura, Governo e Infraero para agilizar o acordo de cooperação entre as três esferas para o início da reforma do terminal já existente. Mesmo assim, os moradores já estão preocupados com a futura reforma daqui a três anos no aeroporto.

Foram assegurados R$ 4 milhões e isso está gerando uma expectativa por parte dos moradores. A professora Elza Maria Freire, que mora há 27 anos no Itaperu, alega que os moradores ainda não foram comunicados oficialmente que terão de sair de suas casas e ela considera isso uma falta de respeito com os moradores.
 

 
A professora disse ainda que só ficou sabendo que o processo estava em estagio avançado por que foi fazer uma reforma na sua casa e arquiteta orientou para saber mais informações sobre a desapropriação. Elza Maria procurou o secretário executivo de Planejamento, Augusto Basílio que admitiu ser um projeto grande, mas que será feito em etapas.

“Essa história da reforma é antiga. Antes a população não acredita porque eram somente boatos, mas hoje estamos revoltados. Não recebemos nenhuma informação e é obrigação do governo comunicar. Porque não foram realistas? Por que deixaram que a gente investisse nos imóveis?”, questiona a professora.

Na noite de hoje, às 19h, os moradores do bairro e adjacências vão estar reunidos na praça da paz localizada no próprio Itaperu para colher assinaturas e um abaixo assinado para formar comissões e marcar audiências com o prefeito e governador.
 

“Estamos nos mobilizando. Eu sou dona de uma escola que foi construída há 10 anos e esse é o meu sustento. Para onde vou e o que vou fazer? Não vamos cruzar os braços”, afirmou a professora Francimar Piauilino Costa Lima.

O superintendente em exercício da Infraero, Heverton Ribeiro, afirmou que sobre a questão da desapropriação das casas no entorno do aeroporto não tem ainda um posicionamento.

Heverton explica ainda que o levantamento sobre a data de execução da obra e os custos ainda estão sendo levantados. Segundo ele, nem mesmo a Infraero tem informações concretas sobre como será o processo de remoção dos moradores.

“Não vamos entrar nesse mérito porque ainda não há uma expectativa real para a realização da obra e nem sobre as indenizações”, argumentou o superintendente em exercício. A Infraero assumiu a gestão do Aeroporto de Teresina em 1975.

 

Flash de Záira Amorim (direto do Aeroporto de Teresina)
Redação de Conceição Santos

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