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Arlindo Chinaglia se emociona e pede desculpas por rigor

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O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), emocionou-se e quase chorou ao fazer o discurso de despedida nesta segunda-feira. Apontado como rude por alguns deputados, o petista pediu desculpas por seu comportamento ao longo da sua gestão. Afirmou ainda ter conseguido economizar cerca de R$ 300 milhões e apelou para que o sucessor priorize temas já em debate na Casa.

"Tenho consciência que alguns deputados ficaram chateado com o rigor no comando dos trabalhos, peço desculpas por isso", afirmou Chinaglia. "Agradeço sinceramente aos deputados e deputadas, sobretudo aos membros da Mesa Diretora."

Segundo o petista, as divergências são naturais no sistema democrático. "Desacordos e divergências de ideias são próprios da democracia. Ao calor da luta sobrepõe-se a consciência de cada um de nós", afirmou Chinaglia, evitando polêmicas e choques com seus colegas.

Chinaglia discursou por cerca de 15 minutos e lembrou que na sua gestão houve economia de cerca de R$ 300 milhões em redução de horas extras e outras medidas. Mas para ele, o fundamental é que seu sucessor priorize a votação da proposta que muda o rito das MPs (medidas provisórias), definir a questão das cadeiras dos vereadores e mais promover a reforma política.

"A Câmara dos Deputados conseguiu mostrar que não se furta dos grandes temas nacionais", disse Chinaglia. "Creio que avançamos e que devemos continuar a fazê-lo. Muito pouco será feito sem o trabalho em equipe."

Choro

Chinaglia se emocionou e por pouco quase chorou ao lembrar dos deputados mortos nos últimos dois anos. O petista listou um a um, citando o nome, o partido e a data da morte do parlamentar.

Com a voz embargada, Chinaglia fez um rápido balanço sobre sua gestão. Ao mencionar a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que muda o rito das MPs, já aprovado o texto principal, o petista disse que é essencial 'aperfeiçoar' o sistema.

Porém, ao citar a PEC dos Vereadores, que amplia o número de cadeiras nas câmara legislativas municipais, Chinagia não se referiu à polêmica que envolveu a Câmara e o Senado. Para o petista, os senadores modificaram o texto que havia sido aprovado pelos deputados, o que o impediu de promulgar o texto.

Fonte: Folha Online

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