O protocolo para buscar atendimento em casos suspeitos de coronavírus mudou. O médico oncologista Sabas Carlos Vieira- que compõe um grupo de especialistas no Piauí que estuda a doença- chama atenção para os novos sintomas que devem ser levados em consideração para ir a um hospital.
Os sinais de alerta são febre, tosse, sensação de entalo na garganta, fadiga, dores no corpo, expectoração, diarreia, náuseas, vômitos e perda do olfato.
"A grande mudança é que se a pessoa tiver todos esses sintomas há 48 horas e não melhorar, sobretudo da febre e tosse e não sente o gosto das coisas, deve procurar o serviço de saúde. A orientação anterior é que o paciente fosse para o serviço de saúde quando tivesse falta de ar [...] mas quando ele apresentar esse sintoma já vai estar com cinco a sete dias da doença. Nesse cenário, a pessoa vai para a UTI e pode passar dois meses, assim rapidamente, vamos esgotar os leitos e não teremos onde colocar os pacientes que irão precisar. O que queremos evitar é um número de pacientes na fase avançada da doença", explica o médico.
Sabas Vieira ressalta que o foco é o tratamento precoce para evitar a replicação do vírus.
"Tudo o que queremos é evitar que o paciente chegue nessa fase de precisar ficar internado, que a gente comece muito cedo o tratamento, possa diminuir a replicação do vírus [...] o mais importante é ficar em casa e se ficar dois dias com esses sintomas deve procurar o sistema de saúde. Se o vírus circular rapidamente, não temos como dar conta e vai acontecer o que pode ter acontecido aí fora, de ter cadáveres na porta das casas porque ninguém vai dar conta nem da condição sanitária. O tratamento precoce é o foco. Temos que atuar quando o vírus está replicando", alerta o oncologista.
Graciane Sousa
[email protected]
