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Brasil recebe "lixo eletrônico" dos EUA

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Renovação é um imperativo no mercado de eletroeletrônicos. O computador comprado hoje pode não executar programas criados daqui a um ano. A política é a mesma para câmeras, celulares e televisores.

Empresas se valem da publicidade para passar uma mensagem que soa como mantra para o consumidor ávido por performance: substitua seu produto por um melhor. Você se desfaz de um, compra outro. E um enorme volume de lixo eletrônico fica vagando por aí -parte dos resíduos é despejada em países do Terceiro Mundo.

Dados de uma agência do governo da Califórnia registram que, em 2006, o Brasil recebeu mais de mil toneladas de eletrônicos descartados nos EUA. Segundo o Greenpeace, a cada ano são produzidos entre 20 milhões e 50 milhões de toneladas de e-lixo, que tem componentes tóxicos como chumbo.

"Os produtos são fabricados usando mais de mil químicos tóxicos -muitos deles são conhecidos por causar câncer, abortos, problemas reprodutivos, asma e outras doenças nos trabalhadores que os fabricam, nas comunidades que cercam as fábricas e em locais onde o e-lixo é jogado e queimado", afirma Ted Smith, autor do livro "Challenging the Chip" (desafiando o chip).

Para Jorge Tenório, professor titular da Escola Politécnica da USP, a única forma de combater esse processo é a reciclagem. "O problema maior associado ao lixo eletrônico é que a vida média dos produtos é cada vez menor. E cada vez mais a gente consome mais matéria-prima. É uma forma insustentável de lidar com o ambiente."
 
UM
bilhão de PCs serão descartados mundialmente entre 2005 e 2010. O número está informado no relatório "TI Verde", da Intel

500
milhões de PCs contêm, aproximadamente, 2.872.000 toneladas de plástico, 718.000 toneladas de chumbo, 1.363 tonelada de cádmio e 287 toneladas de mercúrio, diz o relatório.

 

Fonte: Folha de São Paulo

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