O novo coronavírus tem mudado a forma como as pessoas são educadas. Claudio Sassaki, mestre em Educação pela Stanford University, aposta no ensino híbrido, modalidade que integra as melhores prática educacionais offline e online, como um dos legados na Educação pós-pandemia.
"Nessa metodologia há momentos em que o aluno estuda sozinho, aproveitando ferramentas online, em outros a aprendizagem ocorre de forma presencial, valorizando a interação entre eles e com os professores. Por inserir essas ferramentas digitais no processo de aprendizagem do estudante, essa estratégia tem se mostrado muito mais coerente, o que significa os alunos aprenderem mais", disse o mestre em Educação.
Em vídeo para o Notícia da Manhã, Claudio Sassaki destaca que os alunos deste século já nasceram imersos no mundo digital.
"O ensino híbrido traz para a sala de aula uma realidade muito mais conectada com o dia a dia dessa nova geração. Essa metodologia tem sido disseminada em redes de ensino ao redor do mundo, países desenvolvidos e nos quais a inserção da tecnologia na sala de aula não é mais uma questão a ser debatida", disse Sassaki.
O especialista ressalta ainda que produtividade é um conceito questionável no atual momento e que o importante é manter crianças e jovens aprendendo.
"Estamos em um momento de exceção. Manter nossas crianças e jovens aprendendo é o mais sensato a fazer no momento. Nessa perspectiva, produtividade é um conceito bem questionável pois deve ser vista com os olhos do momento e varia muito contexto de cada jovem e cada família", disse o especialista.
Claudio Sassaki explica que o ensino remoto é uma alternativa durante a pandemia e que é necessário preparo.
"Nesse cenário de exceção, a tecnologia, o ensino remoto à distância, se tornou a única alternativa para que crianças e jovens permaneçam, de alguma forma, conectados aos estudos. Entretanto, os pais, os educadores e responsáveis devem saber que educação online implementada em um contexto como o da quarentena tem algumas peculiaridades. Sair temporariamente da escola física para a digital requer um preparo que muitas soluções não oferecem. Não é só dar aula por videoconferência, não é só disponibilizar um conteúdo. É necessário usar a tecnologia com intencionalidade pedagógica, uma forma de educar e se conectar com os jovens que dialoga com as demandas do século XXI", disse Claudio Sassaki.
Graciane Sousa
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