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Política esquenta clima para amistoso Brasil x Itália

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 Brasil, vencedor de cinco título mundiais, e Itália, vencedora de quatro, são as duas seleções de futebol que mais conquistaram Copas do Mundo na história. O retrospecto já bastaria para transformar o amistoso que os dois times disputam no próximo dia 10, no Emirates Stadium, em Londres, em um jogo de muito interesse e rivalidade.

A partida, contudo, será cercada por um clima de animosidade política rara entre duas nações tradicionalmente amigas. Nada a ver com a não liberação do atacante Amauri por parte da Juventus de Turim para a seleção brasileira, ainda que o fato de o jogador ser cogitado para jogar também pela Itália pudesse dar margem a criativas teses conspiratórias sobre o caso.

A animosidade provém de um assunto que, pelo menos em princípio, não teria nada a ver com futebol: o refúgio político concedido pelo ministro da Justiça do Brasil, Tarso Genro, a Cesare Battisti, italiano condenado à prisão perpétua em seu país pela acusação de ter cometido quatro homicídios — ele nega os crimes.

Há quem diga que futebol e política não devem se misturar, mas a repercussão do caso na imprensa italiana nas últimas semanas mostra que nem todos pensam assim, a começar pelo ministro da defesa da Itália, Ignazio La Russa, e pelo subsecretário das Relações Exteriores, Alfredo Mantica, que chegaram a propor o cancelamento do amistoso se o Brasil não voltasse atrás e concedesse a extradição.

Mas a idéia, apoiada por diversos políticos do país, foi rechaçada pelo ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, que não deixou, contudo, de fazer uma referência à partida entre as duas seleções ao comentar o tema. "Sou um torcedor da seleção italiana e quero que a Itália vença o Brasil. No segundo round, venceremos na Suprema Corte [brasileira, que ainda vai julgar o caso]”, afirmou.


Fonte: IG

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