A reconstrução dos caminhos do futebol, especialmente nas regiões norte e nordeste é absolutamente necessário. Com a paralisação das atividades de campo, cortes de patrocínio, perdas no quadro social, atrasos de salários de jogadores e funcionários, ficou muíto complicado começar tudo praticamente do zero para fechar a temporada de 2020.
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Os reflexos negativos vão se estender para as temporadas seguintes. É complicado até mesmo entender como serão formados os times para o restante deste ano de 2020, cujas competições ficaram suspensas, como Campeonato Piauiense(no nosso caso), Copa do Nordeste, Copa do Nordeste Sub-20, Brasileiro Feminino da Série A-2, as disputas de base do calendário da FFP e mais a Série D do Campeonato Brasileiro.
Como manter os profissionais até a volta dos jogos, se existem pagamentos atrasados em valores certamente altos para os nossos padrões ? É uma conta difícil de fechar.
Um caminho é absolutamente verdadeiro : organizar da melhor maneira possível o trabalho de base, visando o futuro. Também não é fácil, mas é a solução mais viável.
Temos valores no futebol amador em condições técnicas de serem aproveitados como profissionais e até serem negociados como uma boa fonte de receita. Todos nós do esporte estamos duramente atingidos pelos efeitos do coronavírus, mas esperar solução milagrosa não resolve nada.
A VOLTA DOS ESTADUAIS
Com idas e voltas a discussão dos Campeonatos Estaduais segue. A cada dia surge uma ideia, mas logo é esquecida. Todos sabem das dificuldades. Não é permitido o futebol voltar a ser praticado sem a liberação da parte das autoridades da saúde pública.
Um jogo envolve uma quantidade razoável de pessoas, mesmo sem público. São jogadores dos dois times, uns 40; árbitros; equipe médica; comissão técnica; equipe de trabalho nos estádios; imprensa. É difícil manter as medidas de segurança com eficiência.
O melhor mesmo é esperar o que vai acontecer neste mês de maio e jogar com a possibilidade otimista da doença ser controlada a partir de junho.
Dídimo de Castro
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