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Supremo critica Justiça do Piauí e diz: "É um mundo de horror"

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O secretário estadual de Segurança, Robert Rios, respondeu nesta sexta-feira(6) às declarações do presidente do STF(Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, que fez referência aos processos “capa preta” da polícia piauiense que, segundo ele, obrigam os juízes a manterem réus perigosos presos. O ministro ainda criticou a Justiça que não julga os acusados e promove um “mundo de horrores”.

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Veja o trecho da polêmica dita por Gilmar Mendes:
 
“Nos mutirões realizado pelo CNJ encontraram-se presos no estado Piauí que estavam há mais de três anos presos provisoriamente sem denúncia apresentada”, relatou ainda o ministro. “No estado do Piauí há até uma singularidade. A Secretaria de Segurança do Estado concebeu um tal inquérito de capa preta, que significa que a Polícia diz para a Justiça que não deve soltar aquela pessoa. É um mundo de horrores a Justiça criminal brasileira. Muitas vezes com a conivência da Justiça e do Ministério Público”.
 
Capa preta

Os inquéritos “capa preta” foram instituídos na gestão do secretário, após a soltura de um homicida que assassinou o filho de um magistrado em Teresina. De acordo com Robert Rios, na época, o poder judiciário foi procurado para explicar a soltura do preso, que informou que o assassino foi colocado em liberdade por engano.

“Nós havíamos sugerido a instituição da capa preta para chamar a atenção do juiz. Para que ele soubesse que dentro daquele inquérito tem um bandido perigoso e para que não houvesse mais engano”, afirmou o secretário.

Robert Rios ainda fez questão de destacar que o inquérito da polícia não “obriga” o magistrado a manter o réu preso. “Eu nunca disse para juiz nenhum quem deve prender ou soltar. Eu não digo nem aos delegados, imagina ao juiz. A providência que o juiz toma é de livre convencimento, de acordo com sua consciência”, concluiu o secretário, que afirmou que pretende solicitar audiência com o presidente do STF para tratar da situação do Judiciário piauiense.
 
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Záira Amorim
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