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Nise Yamaguchi fala à TV Cidade Verde sobre cloroquina e possível convite para a Saúde

Cotada para assumir o Ministério da Saúde, a médica oncologista e imunologista, Nise Yamaguchi, disse em entrevista ao Jornal do Piauí, nesta terça-feira (19), que aceitaria o cargo. Defensora da hidroxicloroquina, a médica relata que o tratamento precoce é fundamental para reduzir o número de mortes pela Covid-19 no mundo. Yamaguchi já integra o Comitê de Crise de Combate a Covid-19. 

"Eu tenho uma história de 40 anos, já atendi mais de 14 mil pacientes. Então, eu estou disposta sim, mas depende do convite vir, depende do governo entender a necessidade que a população tem de se sentir acolhida; e que os médicos ajudem nessa interface com toda a máquina administrativa. É trabalhar em conjunto, com todos do governo, com os militares, com o grupo de trabalho estratégico".

Foto: reprodução Youtube

Yamaguchi conta que ser ministra da Saúde seria um momento muito importante da sua vida. "Eu não me organizei a vida toda para isso, mas fiz curso de pesquisa clínica em Harvard,  dou aula de saúde pública em Lyon. Estou preparada, tenho o respaldo técnico-científico, mestrado e doutorado, para conversar com as academia, com os hospitais em crise, com os pacientes". 

Tratamento 

Nise Yamaguchi defende o tratamento precoce da Covid-19 com a hidroxicloroquina, dentro da dosagem correta e com acompanhamento médico.  A médica também defende o uso da máscara facial, do distanciamento de dois metros entre as pessoas e o uso de álcool em gel para higienizar as mãos. 

"Eu luto tanto pela hidroxicloroquina porque salva vidas. O ideal é a pessoa usar nos primeiros sintomas para não ficar doente. É um vírus, 80% das pessoas não vão ter sintomas. A maioria as pessoas que está transmitindo nem sabe que tem. Por isso, tem que usar máscara para não transmitir.  As pessoas em cinco dias de tratamento não vão ficar doente (grave). Então, quanto mais cedo tratar melhor". 

Yamaguchi comentou em entrevista da dificuldade de manter o distanciamento dentro da casa já que muitas pessoas ficam dentro do mesmo cômodo - a depender da residência. Com isso, há facilidade de transmissão entre os moradores. Nesse caso, ela ressaltou que todos da família precisam passar pelo tratamento precoce. Ela também defende a distribuição gratuita do medicamento hidroxicloroquina. "Nós precisamos fazer um tratamento inteligente e para todos, junto com a rede, ouvindo os governadores, os prefeitos, ouvindo todos. Isso não é uma medida única, temos que trabalhar em conjunto e dar suporte". 

A médica afirma que estamos "vivendo em uma guerra". Por isso, "precisamos distribuir o remédio pelo Brasil inteiro, garantir que ele chegue (a todos). Nós estamos em um momento que  se não dermos atenção não vamos ter país depois. Olha o número de violência doméstica, de desempregos, de pessoas se suicidando, mais de 50 mil pacientes de câncer sem tratamento. Então, eu não posso ficar alheia a essa dor que o Brasil está tendo neste momento".

Vacina

A médica acredita que a vacina contra o novo coronavírus não irá surgir em um curto espaço de tempo. "Uma vacina precisa ser testada com segurança porque se não ela irá causar vírus. Você dá um vírus acentuado (para uma pessoa) é um perigo. O vírus pode está atenuado ou não. Você tem que testar eficiência e fazer uma série de outros testes. Isso não é feito às pressas". 

"E você não pode submeter uma população inteira a um teste em um momento de pandemia se não tem a certeza da segurança. Então, gente, uma vacina não vai surgir agora. O negócio é tratar quem você pode hoje. Hoje não tem outro remédio disponível", diz. 

 

Carlienne Carpaso
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