O poder judiciário do Piauí inicia nesta segunda-feira(9) a segunda etapa do Mutirão Criminal para analisar processos de réus presos com prazos excedentes. Segundo dados do Tribunal de Justiça(TJ), nesta fase serão analisados mais de 1 mil processos.
O esforço concentrado vai envolver mais de 30 juízes. Todas as decisões tomadas poderão ser acompanhadas em tempo real através da Internet, no site www.tjpi.jus.br, no link de consultas aos processos em 1º grau.
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Raimundo Alencar, presidente do TJ e o juiz Paulo Tamburini, do CNJ |
De acordo com dados do órgão, o Piauí é um dos Estados que mais possui detentos provisórios. Dos 2.500 presos que devem responder por crimes, 80% ainda aguardam condenação.
Na última quinta-feira, o presidente do Supremo Tribunal Federal(STF), ministro Gilmar Mendes, criticou a Justiça do Piauí durante pronunciamento em plenário. Ele afirmou que o Estado vive um “mundo de horrores”, pela deficiência de julgamentos.
O primeiro mutirão do TJ, realizado no mês de dezembro do ano passado, causou polêmica entre o judiciário piauiense e a cúpula da Segurança Pública no Estado. O secretário Robert Rios, o principal opositor da ação emergencial dos juízes, chegou a classificá-la como “mutirão da soltura”. Para Rios, os mutirões levam mais insegurança para a população.
Záira Amorim
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