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Defensoria pede interdição na Cadeia de Altos e retirada dos 700 presos

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A Diretoria Criminal e o Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública Estadual realizaram nesta terça-feira (26) vistoria na Cadeia Pública de Altos (CPA). Os defensores pediram a interdição temporária do presídio e que os detentos sejam beneficiados com prisões domiciliares, com medidas cautelares e que os apenados sejam transferidos.  Cinco presos morreram nas últimas duas semanas vítimas de uma infecção supostamente provocada pela água consumida na unidade prisional

O diretor Criminal, defensor Dárcio Rufino, classificou como "situação catastrófica", com muitos presos com sintomas de intoxicação por causa da água.  A defensoria pede que todos os presos - mais de 700 - sejam retirados da cadeia. 

A Defensoria disse que nem a direção do presídio sabe quantos estão doentes. Atualmente 39 foram internados em hospitais do Estado com os mesmos sintomas de perda de mobilidade nas pernas, problemas renais e com urina escura. 

Ontem (25) a Defensoria Publica impetrou habeas corpus coletivo para que os presos provisórios da CPA cumpram prisão domiciliar e os apenados sejam transferidos para outras unidades prisionais. 

Em vídeo, o defensor Dárcio afirma que a situação é preocupante, mas  tranquiliza os familiares dos presos da Cadeia Pública de Altos. O diretor criminal  diz que na vistoria realizada nesta manhã foi possível comprovar que há equipe médica e de enfermagem na unidade prisional.

“O quadro é grave, mas eu tranquilizo as famílias de que me parece que a situação está minimamente debelada. Há um reforço da equipe médica, efetivamente de enfermagem,. Exames todos  estão sendo solicitados.  No momento em que a gente estava havia um número razoável de  assistidos  aguardando atendimento médico, presos que ainda se movimentam normalmente, mas se queixando dos mesmo sintomas como dor nas pernas, formigamento, inchaço nas pernas e dor nos rins”, informou Dárcio.

A vistoria constatou também que água mineral está sendo disponibilizada para o consumo. Problemas “de sempre” também foram constatados como a falta de higiene nos pavilhões. celas superlotadas.

Além dos casos de infecção, a Defensoria também foi à unidade prisional apurar denúncias de torturas que estariam sendo praticadas contra os presos da CPA .

A Diretoria Criminal da Defensoria Pública irá produzir um relatório detalhado da situação da Cadeia Pública de Altos.

Izabella Pimentel
[email protected]

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