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Moradora diz que Rone pediu para "esconder" viatura em sua casa por causa de marginais

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Moradores do conjunto Vila Maria, zona Leste de Teresina, estão sofrendo com o aumento da criminalidade após o fechamento da Central de Flagrantes que funcionava no local. Segundo a Associação de Moradores, foi feito um estudo para saber quanto custaria a reforma do prédio e criação de um Posto de Policiamento Ostensivo da Polícia Militar. O estudo revelou que seriam necessários R$ 13 mil. O dinheiro já estaria em caixa. Porém, nenhuma melhoria foi feita no local ainda.

Fotos: Carlos Lustosa Filho/Cidadeverde.com
João Guerra mostra buraco fechado
pelo qual os criminosos entravam na
Central de Flagrantes.

O presidente da Associação de Moradores, João Guerra, afirmou que o dinheiro já foi liberado. “À noite não tem vigia e na rua de trás é onde os criminosos costumam se reunir porque é mais escondido, tem muito mato. Depois que a Central foi desativada, os bandidos chegaram a entrar pelo buraco do ar condicionado para fazer as necessidades. A associação pediu ao pessoal do 5º Batalhão da Polícia que fechasse esses buracos”, declara João Guerra.

A moradora Maria da Conceição Costa Rodrigues, que mora em frente a Central de Flagrantes, na rua 06, diz que cresceu muito a violência e já viu muitas pessoas serem assaltadas. “Na quinta-feira passada uns bandidos deram um golpe na minha vizinha, ela caiu no chão e eles roubaram a bolsa. Eu chego do trabalho às 9h da noite e tenho muito medo de andar pela rua”, explica.

Fotos: Carlos Lustosa Filho/Cidadeverde.com
Juliana já foi assaltada nove vezes.
A moradora conta ainda que policiais da RONE (Rondas Ostensivas de Natureza Especial) aparecem no conjunto, mas fazem uma ronda de apenas meia hora e depois ou se trancam dentro do prédio da Central de Flagrantes desativada ou vão embora com medo. Em uma das vezes, uma dupla de policiais chegou a pedir que ela guardasse a viatura dentro de sua casa. “Uma vez o pessoal da RONE pediu para guardar a viatura dentro da minha casa porque estavam com medo de depredarem o carro. Eles vão às vezes, fazem a ronda por meia hora e depois se trancam na Central de Flagrantes desativada e não saem mais. Uma vez eu estava passando na rua e os elementos passaram dizendo que quem manda aqui são eles”, conta.

Juliana Dantas, proprietária de um comércio localizado nas proximidades do prédio, diz que já foi assaltada nove vezes, num período de três anos. "Estou com medo. Depois que a Central foi transferida, tudo aqui piorou", confessa.
 
Segundo a associação de moradores, a violência
aumentou com a saída do posto policial.
 
O prédio já começa a apresentar sinais de deterioração.
 
Moradores afirmam os criminosos se escondem neste matagal
vizinho ao prédio da antiga Central de Flagrantes.
 
Flash de Carlos Lustosa Filho
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