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Servidores do hospital do Matadouro denunciam "explosão" de Covid entre profissionais

Foto: FMS

Atualizada às 15h

Funcionários da Unidade de Saúde Dr. Ozeas Sampaio, o Hospital do Matadouro, na zona Norte, denunciam que, nas últimas semanas, houve uma “explosão” de casos de Covid-19 entre os profissionais que trabalham no local. 

Segundo denúncia feita ao Cidadeverde.com, há pelo menos 9 servidores, entre médicos, auxiliares de enfermagem, recepcionista e agente de portaria afastados após serem contaminados com o novo coronavírus. 

Uma das profissionais infectadas acabou transmitindo o vírus para todos membros da família entre eles o marido, a irmã(que tem lúpus) e  mãe (paciente oncológica). 

Outro funcionário teve 50% dos pulmões comprometidos após contrair a Covid-19 e passou dias internados. 

Os trabalhadores, que preferem não identificar, denunciam que o hospital do Matadouro não tem estrutura para atender pacientes com Covid-19. Eles afirmam que não usavam Equipamentos de Proteção Individual adequados e que foi apenas “recentemente” que  receberam máscaras mais eficientes. 

“A mesma porta que entra um doente entra os profissionais. A gente não usava EPIs adequados. De um dia para cá que vieram entregar a máscara N95. Parece  que estão fazendo pouco caso de uma situação tão grave. Temos anos de profissão e nunca vivi numa situação desesperadora dessa. Estamos todos sobressaltados, mas como vamos voltar para um lugar desses? O prefeito tem que tomar uma atitude na unidade do Matadouro. Eu quero voltar a trabalhar,  mas trabalhar com segurança, com dignidade. Lá não tem possiblidade. O quadro está todo reduzido” denuncia uma funcionária. 

Os trabalhadores pedem, ainda, que uma Equipe da Epidemiologia da Fundação Municipal de Saúde monitore a situação dos profissionais do hospital. 

Nota de esclarecimento 

A Fundação Municipal de Saúde (FMS) esclarece que não procede a informação de que estaria ocorrendo muitos casos de Covid-19 em servidores do Hospital Ozéas Sampaio, no bairro Matadouro. O estabelecimento conta com 78 servidores e, até a presente data, 8 testaram positivo para a doença. Eles foram imediatamente afastados de suas atividades laborais, conforme determina o protocolo de manejo desses casos.

Em relação à suposta inadequação de equipamentos de proteção individual, a FMS explica que todos os EPIs adquiridos pela Fundação e entregues aos profissionais da rede municipal possuem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e esclarece que embora haja alta demanda por EPIs no mundo, em decorrência da pandemia do Coronavírus, tem garantido esse material nos serviços de saúde e orientado para o seu uso racional.


Izabella Pimentel
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