A Presidência da República tem uma série de ações planejadas para 2009 no setor de comunicação: uma coluna do presidente Lula voltada para jornais populares, entrevistas gravadas para rádios regionais e reformulações na área de Internet. A ideia é atingir parcelas do público que ainda têm sido negligenciadas, na avaliação do governo.

O pacote voltado para a área de Internet é o mais completo. Prevê o lançamento do novo portal da Presidência, a reformulação do Portal Brasil, com a criação de um site para promover o país no exterior, e ainda a criação do serviço 'Fale com o Governo'. Todos estes objetivos estão descritos na mensagem entregue pela ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) ao Congresso Nacional, no início dos trabalhos legislativos deste ano.

O processo de licitação para escolha da empresa que fará a gestão dos serviços de Internet está em andamento e ainda não tem data para ser concluído. O valor estimado é de R$ 11 milhões, cifra que pode ser reduzida de acordo com a proposta vencedora da licitação.

Pelos planos da secretaria de imprensa da presidência, a página do Palácio do Planalto deverá ganhar recursos de mídia, como discursos em vídeo e fotos. Atualmente, apenas o áudio dos discursos é disponibilizado. A página da Casa Branca é um dos exemplos de um bom site de governo, na opinião do secretário de imprensa Nelson Breve. Ele lembra ainda que a rainha Elizabeth 2ª da Inglaterra e o papa Bento 16 têm canais próprios no YouTube.

"A Internet tem apresentado um crescimento muito forte. Precisamos acompanhar isso para atender ao público internauta. Hoje, estamos aquém do que poderia ser feito", afirma Breve. "A Internet permite que se faça a divulgação de informações sem ter a mídia como intermediária. É muito mais fácil corrigir uma informação errada rapidamente, via blog, por exemplo, para não deixar a informação incorreta circulando por muito tempo", completa.

Ele explica que o processo para reformulação das ferramentas de Internet da Presidência vem sendo formatado há mais de um ano, e espera que seja concluído "ainda no primeiro semestre". "Não estamos fazendo para este governo. Estamos fazendo para o Estado. Isso vai ficar para os próximos governos", conclui.