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Cresce diagnóstico tardio de câncer e médico sugere 'força-tarefa'

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A pandemia do novo coronavírus interfere diretamente no diagnóstico tardio de pessoas com câncer. Segundo o médico oncologista, Sabas Carlos Vieira, ainda não há um número de diagnósticos que deixaram de ser feitos no Brasil, mas nos Estados Unidos, por exemplo, o especialista cita que existe publicação que aponta que em torno de 20 mil pessoas vão morrer no país americano por câncer de mama e intestino devido ao diagnóstico tardio. 

O médico resslta que o tratamento em uma fase avançada da doença compromete, de forma significativa, a quantidade e qualidade de vida do paciente. 

"Temos observado agora nos consultórios, pacientes retornando, infelizmente, alguns em estágio avançado. São pacientes que estão com tumor há três e até seis meses que não procuraram uma unidade de saúde devido à pandemia. Isso é uma realidade nos serviços público e privado. Isso nos deixa muito preocupado porque, para muitos tumores, essa janela de oportunidade de tratamento é exígua. Temos, às vezes, um ou dois meses que fazem uma grande diferença entre a vida e a morte", disse o médico oncologista.

Ele pontua que o tratamento do paciente será mais complexo e com menor chance de cura devido ao diagnóstico tardio. O especialista reconhece que a Covid-19 é uma doença grave, mas recomenda que os pacientes retornem às unidades de saúde para consultas e exames de rotina adotando todas medidas de segurança. 

O oncologista, inclusive, sugere que sejam montadas 'forças tarefas' nas redes pública e privada para o tratamentos dos pacientes. 

"Se você tem algum sintoma que possa sugerir câncer, procure imediatamente o seu médico, sua unidade de saúde para que o tratamento seja providenciado o mais rápido possível", orienta o médico oncologista. 


Graciane Sousa
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