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Com arquibancada vazia, grupo Coisa de Nêgo faz desabafo

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Fábio Lima/Cidadeverde.com
 
 
Passando da 1h da manhã de terça-feira (24), o bloco afro-cultural Coisa de Nego entrou na avenida Marechal Castelo Branco em tom de protesto. Na concentração, a coordenadora Assunção Aguiar desabafou sobre a perda de componentes por causa da chuva e falta de incentivo.
 
Contando hoje com aproximadamente 300 integrantes, o bloco teve que dispensar alguma alas, como a dos erês (crianças) devido ao atraso. "Antes mesmo de começarmos a nos organizar, nos reunimos e discutimos se valia a pena desfilar. Depois da reflexão, decidimos que o bloco já tem um compromisso com os teresinenses de apresentar uma alternativa diferente no Carnaval e que deveriar se apresentar", diz Assunção.
 
 
 
No ano em que o bloco completa 18 anos, a coordenadora lamenta que o desfile aconteça para quase ninguém. "Isso desmotiva. A apresentação é um momento importante e fazê-la para arquibancadas vazias é desmotivante", afirma. Fazendo coro à presidente da Fundac, Sônia Terra, Assunção reclama mais investimentos aos blocos. "É preciso sim repensar o Carnaval de Teresina".
 
O Coisa de Nego já chegou a contar com mais de 1.000 participantes e a coordenadora ainda atribui a ausência de público a um estímulo maior ao carnaval no interior do Estado.
 
O enredo "Força dos orixás na regência do mundo" mostra a influência dos deuses da cultura africana no cotidiano das pessoas, sem distinção de religião, visando a combater a intolerância religiosa.

Naruna Brito (especial para o Cidadeverde.com, da Marechal Castelo Branco)
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