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“Venci a Covid na sua forma mais cruel”, diz jornalista ao ter alta do Sírio-Libanês

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Venci a Covid-19 na sua forma mais cruel”, conta o jornalista Álvaro Carneiro, que retornou a Teresina nesta sexta-feira (30), após passar mais de 20 dias internados com sintomas graves da Covid-19 em São Paulo.

O jornalista estava internado no Hospital Sírio-Libanês desde o dia 09 de outubro. Álvaro recebeu os primeiros cuidados no Hospital Unimed, no dia 05 de outubro, em Teresina, e chegou a ficar em uma unidade de tratamento intensivo (UTI). No dia 23 de setembro, ele usou as redes sociais para informar que testou positivo para o novo coronavírus.

“Passei quase um mês em coma, entre o céu e a terra, em vários mundos. Graças a Deus, essa parte foi deletada da minha memória, o que fica é o ensinamento: a gente tem que ter muito cuidado, a pandemia não acabou”, diz Carneiro.

A recuperação foi comemorada por amigos e familiares com uma animada recepção no aeroporto de Teresina, na zona Norte de Teresina.

“A gente tem que pensar: vamos vencer a Covid-19, vamos colaborar. Só eu e Deus sabemos o que eu passei. Eu estive em situação de quase morte, estive entubado, quase traqueostomizado. Vamos ter cuidado com tudo isso”, pede o jornalista.

Curado da Covid-19, Álvaro continuará com fisioterapia em casa devido ao longo período internado. Em São Paulo, o jornalista ficou acompanhado de uma sobrinha, fisioterapeuta, que pediu licença no trabalho para prestar assistência ao tio, reforçando os cuidados no hospital.  



A esposa de Álvaro Carneiro, a jornalista Renée Marie Fontenele, relata ao Cidadeverde.com que o marido comenta, após plena recuperação, que possui um novo olhar para a vida. 

“O pior já passou. Hoje ele conversa que tem outra maneira de ver a vida. Ele fala em valorizar mais as coisas, as coisas mais pequenas, como usar o banheiro, pegar uma xícara, comer. Ele precisava de ajuda para fazer isso. É uma lição que fica para todos nós. Ele vai continuar com a fisioterapia em casa e, pelo que conheço, logo voltará ao trabalho”.

Renée fala que hoje o coração está repleto de alegria, mas também recorda dos momentos de angústias. “O desespero foi muito grande. Graças a Deus, as decisões mais difíceis que precisei tomar foram acertadas, como o momento de transferir ele (para São Paulo). Só uma família que passa por isso sabe como é esse sentimento. Existe o medo da pessoa que você tanto ama morrer e não poder enterrar porque com a doença tudo precisa ser muito rápido (para o sepultamento)”, conta. 

Álvaro Carneiro em vídeo enviado ao Cidadeverde.com, também agradeceu a todos pela corrente de orações por sua recuperação. “Estou de volta ao Piauí em uma felicidade total, recebido por muitos amigos aqui no aeroporto. Tenho uma responsabilidade enorme por todos que pediram por mim. Muito obrigado a quem elevou aos céus uma prece, uma oração em meio favor. Muito obrigado mesmo, estou de volta”. 


Fotos: Arquivo Pessoal  - Alvaro Carneiro ao deixar o hospital em São Paulo

 

Carlienne Carpaso
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