Cidadeverde.com

Firmino descarta estado de emergência em Teresina e não vê indícios de 2ª onda na capital

Imprimir

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

O prefeito Firmino Filho (PSDB) reafirmou nesta sexta-feira (13) que os números da Covid-19 em Teresina continuam caindo e que não há necessidade de um decreto de estado de emergência na capital. No pico da doença, a prefeitura chegou a decretar estado de calamidade, devido o avanço do novo coronavírus. As declarações foram dadas após o governador Wellington Dias (PT) publicar o decreto, no âmbito estadual, na tarde desta quinta-feira (12)

Firmino ressalta que todos os números que possam estar relacionados ao novo coronavírus estão em queda em Teresina, desde as mortes, que o percentual já chega a ser 30% menor dos últimos 14 dias, até os adoecimentos e internações por síndromes gripais. 

“Quero salientar que não existe nenhum tipo de recrudescimento (surgimento da doença com maior intensidade) na cidade de Teresina. Pelo contrário, a quantidade de consultas com síndromes gripais tem caído ao longo do tempo. A quantidade de síndromes respiratórias graves também caído. Tem caído também a quantidade de óbitos na cidade de Teresina, tem caído e muito a quantidade de leitos ocupados tanto de enfermaria, como de UTI”, destaca o prefeito.

Como exemplo, o gestor de Teresina disse que o Hospital de Campanha Pedro Balzi tem apenas cinco pacientes em um total de 80 leitos possíveis e no Hospital do Monte Castelo no total de 50 leitos, nós temos 20 ocupados. 

“Então é necessário que se diga: não existe, na nossa cidade, nenhum indício de recrudescimento dessa doença. Se o governador soltou esse decreto, ele deve estar preocupado com outras regiões do Estado do Piauí, mas não com a cidade de Teresina e os dados falam por si mesmo”, enfatiza Firmino Filho. 

Com essa declaração, o prefeito diz que não há nenhum indicativo para adoção de medidas restritivas como um novo fechamento do comércio. 

Boletim Covid

No boletim divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde na noite desta quinta-feira(12), foram 17 óbitos no estado, sendo três em Teresina. O estado ultrapassou as 2.500 mortes por Covid, durante a pandemia. Ontem havia 413 leitos ocupados, sendo 257 em leitos clínicos e 152 em leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no território piauiense. 

Nos hospitais municipais de Teresina, havia sete pacientes no hospital de campanha Pedro Blazi e 19 no hospital do Monte Castelo. Já no HUT há 14 pacientes em leitos clínicos e 27 na UTI.

Dados da Fundação Municipal de Saúde

O painel epidemiológico Covid-19 da Fundação Municipal de Saúde (FMS) registra uma queda de quase 30% na média móvel de óbitos por Covid-19 em residentes, que atualmente está em 1,71. Na comparação com a taxa registrada há 14 dias, que foi de 2,43, houve uma queda de 29,41%. 

O painel mostra ainda que a ocupação de leitos destinados a pacientes com Covid-19 está atualmente em 48,15%, o que representa uma leve queda em relação ao valor registrado nos últimos 14 dias, que foi de 48,87%. Já a média móvel de 7 dias calculada para internações de pessoas com síndrome respiratória aguda grave caiu 4,26% no mesmo período.

Para o médico Walfrido Salmito, infectologista do Centro de Operações em Emergência da FMS (COE) a queda nos óbitos é um reflexo da diminuição e da estabilidade da doença na cidade, além de uma maior eficiência no tratamento, adquirida com a evolução dos estudos no mundo todo. “Atualmente, os médicos sabem lidar muito bem com a Covid-19 e não são mais pegos de surpresa com os desdobramentos da doença”, afirma.

O infectologista adverte, no entanto, que a população deve continuar mantendo todos os cuidados para evitar a disseminação do coronavírus, como uso de máscara, distanciamento e higienização frequente das mãos. “Não podemos descuidar. O vírus ainda está circulando e é necessário nos mantermos vigilantes para evitar uma segunda onda de casos”, disse Walfrido Salmito.


Caroline Oliveira
[email protected]

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais