Após a derrota por 4 a 0 no clássico contra o Flamengo neste domingo (1º), a torcida do River protestou na saída do estádio Albertão contra a comissão técnica e jogadores. Pedindo raça e respeito a camisa para os atletas, os riverinos gritavam pela queda do técnico Mastrillo Veiga. Em contato com o Cidadeverde.com, o presidente Elizeu Aguiar não anunciou mudanças, mas prometeu providências.

Na saída, foi necessário o trabalho da Polícia Militar, que usou cerca de 30 homens, incluindo quatro da Cavalaria, para montar um corredor de isolamento. O protesto foi pacífico, mas houve temor por conta de um tumulto no meio da torcida Esporão do Galo no segundo tempo do jogo, onde foi preciso que policiais agissem com rigor. Outro fato que preocupou foram os objetos atirados contra o treinador no acesso ao vestiário. Mastrillo saiu sem dar entrevista.

 

 

 

Com palavras de ordem como "Galo é tradição, não é humilhação", torcedores da facção Esporão do Galo levantavam notas de dinheiro aos jogadores e os chamavam de mercenários. Quando o ônibus do Flamengo, visivelmente de menor conforto que o tricolor, se aproximou do cordão de isolamento, os riverinos gritaram "olha a diferença" e pediram mais raça ao plantel. Viaturas da PM seguiram o ônibus até a disperção da torcida.

 

 

No comando de Mastrillo, o River venceu um amistoso na pré-temporada por 3 a 1 em Bacabal/MA, e empatou com um time amador. No Estadual, já são duas derrotas e sete gols sofridos. "Perder da forma que foi é complicado. Não dá para culpar só a zaga. Quando se perde, a culpa é do grupo todo. Mas eu acho que não tem nada perdido ainda. Nós temos que acreditar", disse o meia Myron, um dos poucos a falar com os jornalistas.

 

Elizeu garantiu ação. "Não vou é sair do estádio no fim do jogo e tomar uma decisão. Mas algo vai ter que mudar. O River é um time grande e de tradição, e não pode jogar do jeito que jogou", declarou o presidente. A diretoria deve se reunir nesta segunda-feira para tratar do assunto.