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Prefeito eleito e vereadores são alvos de operação da PF que investiga corrupção eleitoral

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Atualizada às 10h50

A operação Democracia Pescada, deflagrada hoje (25) pela Polícia Federal, teve como um dos alvos o prefeito eleito de Barras, Edilson Sérvulo de Sousa, o  Edilson Capote (PSD). Lideranças ligadas ao prefeito eleito também foram alvos dos mandados de busca e apreensão, com dois irmãos dele, Ivanilda Sérvulo, que mora em Barras, e Wilson Sérvulo, que mora em Brasília.

Também foram alvos de mandados de busca e apreensão a atual vice-prefeita, Cynara Cristina Lages, que foi companheira de Edilson Capote na chapa que venceu as eleições; Os vereadores Antônio Leite Neto(reeleito) e Islândio Sales dos Santos;  e o candidato a vereador José do Nascimento Cavalcante, conhecido como Zé do Pó. 

A denúncia sobre as irregularidades partiram do atual secretário de Cultura do município, João Germano de Sousa Filho, que apresentou uma notícia crime às autoridades relatando  as práticas que teriam  acontecido durante o período eleitoral. 

A Polícia Federal investiga se o dinheiro que teria sido utilizado na compra de apoio político de lideranças em Barras também foi utilizado para a prática de outros crimes eleitorais, como caixa 2. Ao todo, oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sete deles em Barras e um em Brasília. 

"Essa operação apura que com a utilização desse dinheiro da compra de apoio político pode ter sido praticado uma série de crimes eleitorais, como corrupção eleitoral, o crime conhecido como caixa 2, entre outros", explicou o delegado Leonardo Portela, chefe da Delegacia Institucional da Polícia Federal no Piauí. 

O delegado também explicou a escolha do nome 'Democracia Pescada'. 

"Essa operação tem como objetivo investigar a compra de apoio político que foi feita por grupo da cidade de Barras, que, por sua vez, denominava os apoios comprados conforme os peixes. Peixes de couro, grupo político mais importantes; peixes nobres de escama; um segundo grupo comprado; e o grupo comprado menos importante seria o das piabas do rabo seco", detalhou o delegado. 

O prefeito eleito  de Barras, Edilson Capote(PSD), se manifestou por meio de nota. Confira: 

A coligação A Vitória que Vem do Povo (PSD/DC) vem a público informar que foi surpreendida pela presença de agentes da Polícia Federal em oito endereços de pessoas que compõem a coligação vitoriosa do candidato Edilson Sérvulo de Sousa, o Edilson Capote, prefeito eleito de Barras, além da irmã do prefeito, Ivanilda Sérvulo, e do irmão, empresário Wilson Sérvulo, que mora em Brasília-DF.

Edilson Capote declara que nada foi encontrado que comprometesse a lisura da campanha realizada pela coligação e que o fato da denúncia ter sido assinada pelo atual secretário de Cultura de Barras, João Germano Filho, denota o tom eleitoreiro.

O secretário de Cultura já foi condenado - em setembro deste ano - pela  Juiz da 6ª Zona Eleitoral/PI, Nauro Thomaz de Carvalho, por divulgar matérias com o intuito exclusivo de denegrir a imagem do Sr. Edílson Capote, fazendo afirmações agressivas e abstratas, desacompanhadas de maiores comprovações. A multa foi de R$ 5 mil.

O prefeito eleito de Barras, Edilson Capote, condenou ainda o espetáculo que os adversários quiseram proporcionar e disse ter certeza que é uma manobra dos inconformados com a derrota no intuitto exclusivo de atacar a família dos que foram eleitos pelo voto popular.Disse ainda ter certeza, que, se houvesse outra eleição em Barras, seria eleito novamente porque não são lideranças que querem o Capote, como diz a denúncia, mas o povo. "A grande maioria dos votos comprova isso.  Foram quase 4 mil votos de diferença entre os dois candidatos. "Por que não se conformam?”, questionou Edilson.

Edilson Capote teve 50,69% dos votos válidos contra 37,61% de Carlos Monte, candidato à  reeleição. Capote finaliza dizendo que acredita na lisura da investigação da Polícia Federal e acredita na Justiça. "Estamos tranquilos", completa.

Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (25) a Operação "Democracia Pescada" com objetivo de dar cumprimento a oito mandados de busca e apreensão, sendo sete em endereços na cidade de Barras e um em endereço na cidade de Brasília (DF). A PF investigação corrupção eleitoral. 

Ao todo, 32 policiais participam da ação, que tem por objeto a apuração do teor de notícia-crime sobre um grupo político que teria comprado, para as eleições de 2020, o apoio de pré-candidatos e lideranças políticas da cidade. 

No contexto apresentado, os recursos utilizados poderiam ser usados para a prática do crime de corrupção eleitoral, dentre outros.

O nome da operação tem relação com a denominação dada aos grupos em que foram subdivididos os políticos e lideranças compradas, segundo a notícia-crime, o que foi feito conforme o peso do apoio político negociado e o respectivo valor da sua compra (peixes de couro, peixes nobres de escama e piabas do rabo seco).

 

 

Natanael Souza(Com informações da Polícia Federal)
[email protected] 

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