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Garoto de 7 anos é estuprado e mãe espera apuração há 2 meses

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Foto: Arquico CV

Ainda em setembro, um menino de 7 anos foi vítima de estupro em União (a 60 km de Teresina). O garoto estava passando o tempo de isolamento social na casa do pai quando pediu, à mãe, para retornar a Teresina repentinamente. O suspeito seria um amigo da família paterna. O caso foi denunciado quando a mãe descobriu, em outubro, e até hoje a família aguarda que a investigação inicie. 

De acordo com a conselheira tutelar, Renata Bezerra, que acompanha o caso, a mãe procurou o Conselho depois que menino retornou com um comportamento estranho da casa do pai. 

“Ele estava com medo das pessoas, chorando muito e zangado. Ela também percebeu que ele estava com mau cheiro nas partes íntimas e quando levou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) foi constatado que tinha ferimentos na genitália dele, mas como estava como muito tempo, não tinha como constatar que tinha sido estupro. Uma tia nos chamou para fazer uma escuta técnica e ele falou que um amigo do pai tinha levado ele para um campo de futebol e feito coisas com ele que caracterizam estupro", detalhou a conselheira. 

Com a denúncia do garoto, a família e o Conselho Tutelar registraram Boletim de Ocorrência na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) em Teresina, que seria a responsável por encaminhar à Delegacia de União. 

“Eu dei parte em outubro e até ontem, quando eu falei na Delegacia de União, eles disseram que não estavam sabendo. Eu que enviei o boletim virtualmente. Já fazem dois meses e nada foi resolvido ainda. Eu vou ao Ministério Público e na Corregedoria, porque é um absurdo uma delegacia não se comunicar com a outra”, desabafou à mãe da criança, ao Cidadeverde.com. 

Ela disse que o filho está fazendo acompanhamento no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). “A psicóloga disse que ele está com depressão”, afirma a mãe, emocionada. 

Polícia Civil 

O Cidadeverde.com tentou contato com as duas delegacias (DPCA e União), mas não obteve sucesso. O delegado de Gerência Metropolitana da Polícia Civil, Sebastião Alencar, informou que as primeiras providências foram realizadas pela DPCA e que o inquérito está sendo remetido via Gerência de Polícia do Interior (GPI) para União, para que depoimentos de supostas testemunhas sejam feitos e assim concluir o inquérito. Por se tratar de estupro de vulnerável corre em segredo de justiça.

 

 

Caroline Oliveira
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