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Com leitos lotados, presidente da FMS admite dificuldades para abrir novas vagas

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O presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Gilberto Albuquerque, admitiu que devem ser adotadas medidas mais restritivas para conter o avanço da Covid-19. Em entrevista ao Notícia da Manhã, nesta segunda-feira (22), ele disse  que não há mais capacidade para abertura de novos leitos por falta de medicamentos no mercado para o tratamento da doença. O médico destaca também que faltam até luvas no mercado, um dos equipamentos de proteção individual (EPIs) que se tornaram indispensáveis durante a pandemia. 

"Diante da situação atual, nós tínhamos duas medidas a tomar: ou você deixa tudo aberto como estar e cria leito de UTI ou você vai ter que reduzir movimentação de pessoas para que os leitos de UTI sejam suficientes para acomodar os que precisam. Bem, abrir leito de UTI, nós já abrimos o que era possível e mesmo que a gente conseguisse abrir mais leito de UTI, não existe medicamentos no mercado para se comprar. As indústrias não estão produzindo quantidade suficiente. Nem luvas têm mais no mercado para vender. Então, não temos outra alternativa: algumas medidas restritivas terão que ser tomadas", disse Albuquerque.

Com a situação preocupante, integrantes do Comitê de Operações Emergenciais (COE) se reuniram ontem (21). Neste fim de semana, por exemplo, a ocupação de leitos de UTI chegou a 91% na Capital. 

"Ontem foi um dia inteiro de discussões, levantamento de dados, interpretação desses dados para que a gente possa subsidiar o prefeito e o governador sobre medidas necessárias a serem tomadas. É evidente que ninguém gostaria de ter medidas restritivas. Isso é ruim para nós, gestão pública, sociedade, todo mundo", reitera. 

Por outro lado, o presidente da FMS explica que as medidas restritivas devem aplicadas de acordo com a situação de cada cidade, cada região, levando em consideração a quantidade de casos. 

 

Graciane Sousa
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