O levantamento foi feito no período de 3 de dezembro de 2008 a 18 de janeiro de 2009 com policiais que recebem o bolsa-formação do Ministério e são cadastrados no Programa de Ensino a Distância. Foram questionados policiais de 23 Estados de todas as regiões, ficando de fora Amapá, Goiás, Paraná e Distrito Federal. O objetivo da pesquisa era levantar a opinião sobre a segurança pública em geral e sobre o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania do Ministério da Justiça.

O questionário apontou que 23,53% dos entrevistados consideraram que o treinamento padrão recebido na academia pode ser classificado como "muito utilizado". Já 77,24% dos militares e civis consideraram "regular" ou "ruim" essa preparação. Sobre as condições físicas do local de trabalho, 16,55% as consideraram boas. Para 45,02%, elas são "precárias" ou "muito precárias". No quesito formação, quase um terço dos policiais (32,39%) apontou que não há ofertas de cursos de reciclagem em suas corporações.

Em relação à motivação para o crime, 74,38% dos entrevistados acreditam que a pobreza e a desigualdade sejam as causas principais. A redução da maioridade penal foi defendida por 89,11% e 91,39% mostraram-se contrários à liberalização de drogas leves. Já 75,67% acreditam que os crimes de homicídio, tráfico de drogas e estupro têm punição branda pela lei penal brasileira.

Fonte: Terra