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Agricultores e empresários são contra a ampliação do Parque

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A consulta pública realizada na tarde da última quarta-feira (25) na Câmara Municipal de Bom Jesus, sul do estado, realizada para saber se a população da região concorda com a proposta dos governos estadual e federal de ampliação do Parque Serra das Confusões foi tensa.
 

No início, uma grande mobilização formada por agricultores, empresários do agronegócio, políticos e especialistas em meio ambiente lotou as dependências da Câmara contra as duas propostas. Vários agricultores se manifestaram contra as proposta por não possuir outra fonte de renda que não seja oriunda da terra.

Técnicos do Ministério do Meio Ambiente e do Instituto Chico Mendes elaboraram um projeto com a ampliação de mais 357 mil hectares. Por outro lado, os estudos da Secretaria do Meio Ambiente do Piauí apontam que seria necessária a ampliação do Parque Serra das Confusões em apenas 193 mil hectares, passando dos atuais 502 mil para 695 mil hectares.

O secretário do Meio Ambiente assegurou que mesmo com as propostas o governador Wellington Dias (PT) já garantiu ao Ministério do Meio Ambiente que só permitirá a criação de novas áreas de conservação no Piauí, após o Governo Federal estruturar os já existentes.

O professor doutor da Universidade Federal do Piauí e membro do Instituto Desert, Waldemar Rodrigues, argumentou que a criação de parques como a pior saída para a conservação das terras da região. Ele sugeriu que fosse criado um corredor ecológico ocupando mais 70 mil hectares e interligando os quatro parques nacionais existentes no Piauí.

Até o próximo sábado, os técnicos dos três órgãos farão visitas em campo, nas áreas que seriam atingidas pela proposta do governo federal nos municípios de Santa Luz, Cristino Castro, Morro Cabeça no Tempo e Redenção do Gurguéia para, após análise, verificar a elaboração de um novo projeto.

 
Da Redação
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