Um funcionário da Unidade Escolar Monsenhor Cícero Portela Muniz, no conjunto Parque Piauí, zona sul de Teresina, foi baleado na manhã deste sábado (28) por uma pessoa ainda não identificada. A polícia investiga se houve assalto ou tentativa de atentado contra o diretor. A segunda hipótese é de que um aluno, irritado por ter sido repreendido na escola, encomendou a morte do professor Carlos Fortes, e ele mesmo admite essa possibilidade.
Segundo fortes, o digitador José Ribamar estava às 7h na entrada da escola quando foi abordado por um indivíduo que pediu sua carteira e relógio. O funcionário ficou sem reação, e levou um tiro no abdômen. Ele foi internado no Hospital de Urgência de Teresina com perfuração no pulmão e fígado. Os médicos não conseguiram tirar a bala na cirurgia e o estado de saúde do paciente inspira cuidados.
A outra versão, confirmada por agentes do 4º Distrito Policial, é de que um aluno, irritado por ter sido cobrado na escola, pediu que um colega atirasse no diretor. Abalado, Carlos Fortes fala que há vários assaltos na região e também admite essa linha de investigação, mas aguarda a ação da polícia, que já possui um suspeito. Um bandido conhecido como Cabeça, da vila Santa Luzia, está sendo procurado. Na escola, o vigilante Murilo Cavalcante confirma a versão do assalto.
O sábado no Cícero Portela é dedicado às provas, que foram realizadas normalmente. "Procuramos hoje tentar abafar esse caso para não deixar os alunos apreensivos, e vamos tentar manter nossas atividades", disse Carlos, que não coordenará a aplicação dos testes para acompanhar a família do digitador.
Sobre o trato com o alunado, Carlos disse que procura trabalhar conversando com os pais dos estudantes, e em casos de desobediência às normas internas, os mesmos são chamados para falar com a direção. "Nós nos esforçamos muito para fazer um trabalho de qualidade, e de repente acontece isso. Eu estou muito abalado, já chorei muito. A gente fica pensando se todo esse esforço vale a pena", desabafou o diretor.