O prefeito Sílvio Mendes (PSDB) ficou visivelmente decepcionado e reprovou a postura do colega Ubaldo Nogueira (PTB), recém empossado prefeito de Nazária. Sílvio Mendes se chateou com as últimas declarações de Ubaldo sobre o impasse entre as duas prefeituras no repasse do ICMS que foi parar na Justiça.

Ao ler as recentes declarações de Ubaldo, o prefeito reagiu afirmando que ele (Ubaldo) quebrou acordo político e não está agindo decentemente. Para Sílvio Mendes a relação está estremecida e que o dialogo com o prefeito de Nazária agora só através da Justiça.

 

“Eu não vou perder meu tempo fazendo discussão através da imprensa. Agora, uma pessoa que se comporta desse jeito. Me desculpe, mas não vou mais manter relacionamento pessoal. Ele (Ubaldo) que procure os caminhos legais para resolver os problemas dele”, desabafou.

Na eleição em Nazária houve um acordo, uma aliança política entre o PTB e o Paulo Lopes, do PSDB. Eu ajudei nessa aliança, fazendo gestão junto ao senador João Vicente Claudino, através do vice Elmano Ferrer. O Paulo Lopes seria um candidato de oposição a Ubaldo e se o Paulo Lopes tivesse sido candidato, Ubaldo não teria sido prefeito hoje.

Ao que eu sei, todos os acordos que o Sr. Ubaldo fez com Paulo Lopes nenhum foi cumprido. Cito um exemplo que foi a Secretaria de Saúde. Lá, foi feito um acordo para que fosse administrado pela representação do PSDB e, no entanto, foi entregue a esposa de seu Ubaldo, a ex-vereador Carmem Lúcia, que é enfermeira. Não estou discutindo a competência dela. Estou discutindo o descumprimento de acordo.

Assim que ele (Ubaldo) foi eleito, eu falei para o secretário de Educação, Washington Bonfim, com Firmino Filho, na Saúde, e nas SDUs que mantivessem todos os serviços até que a prefeitura de Nazária se organizasse para assumir o serviço. Foi dado um prazo de até o final de março, podendo ser prorrogado se isso não fosse resolvido.

 

IMPASSE
A última reunião que tive com Ubaldo estava o assessor jurídico de Nazária e sua esposa Carmem Lúcia, junto com Firmino Filho, Washington Bonfim e secretário Charles da Silveira (Governo). A decisão era de manter a boa relação com Nazária .

Em janeiro, no momento que estavamos conversando com Ubaldo ele tinha entrado, na véspera, com mandado de segurança para sequestar o que ele achava de direito, que era de R$ 1,2 milhão dos cofres da prefeitura. Ora, como é que uma pessoa entra com mandato de segurança contra outra e no dia seguinte vai buscar boa vontade.

Só que ele esqueceu que a legislação que estabelece critério para o repasse de ICMS para o Estado foi feita exatamente pelo procurador geral do Município, então, deputado Moises Reis.

Ao saber da ação, fui ao Tribunal de Contas do Estado e o encaminhamento é que as informações para os percentuais do ICMS ficariam subordinado a Secretaria de Fazenda. Saímos do TCE e fomos direto para a Secretaria de Fazenda que encaminhou em tempo hábil ao TCE os dados, que é a única instituição a que compete definir os percentuais. Não é a prefeitura de Teresina que repassa isso ou aquilo. Nós não temos esse poder e se tivesse não faria isso.

Essa história está mal contada. Eu não vou perder meu tempo, fazendo discussão através da imprensa. Agora, uma pessoa que se comporta desse jeito. Me desculpe, mas não vou manter relacionamento pessoal. Ele que procure os caminhos legais para resolver os problemas dele.

Não é forma adequada de se encaminhar as coisas. Se ele procurou o caminho da justiça, isso quer dizer que não quer diálogo. Se não quer diálogo que procure a justiça.