Cidadeverde.com

Testemunha confirma ter ouvido disparos antes do carro de Retrão virar

Imprimir
Uma testemunha do assassinato do oficial de justiça Sebastião Retrão, que não quis se identificar, contou ao delegado Higgo Martins na manhã de hoje(03) que ouviu os cinco tiros disparados supostamente pelo sargento Amorim [foto] no dia da morte.

Segundo ele, a testemunha passava de carro no trecho no sentido contrário ao carro em que estavam vítima e acusado, Teresina-União. Como tinham que passar devagar por conta dos buracos, ouviu dois disparos inicialmente. Dentro do carro, a mulher que vinha com ele acreditava que era estouro de pneu. Quando os dois carros se cruzaram, ele ouviu mais dois disparos e foi então que o carro virou. Quando ele viu o carro virado, parou a uma certa distância e ouviu mais um tiro. A mulher se desesperou pensando que o tiro tinha sido em direção ao carro e pediu que ele não parasse. Eles seguiram até o Aldebaran.

Ele pediu à mulher que ligasse para a polícia. Ele imaginou que tivesse policiais no Aldebaran, mas viu que não tinha. Na hora ele percebeu que muita gente estava se aproximando do carro e resolveu voltar porque poderia ser gente conhecida. Quando ele voltou, já tinham desligado o carro e a mulher gritava dizendo que o homem que havia saído do carro tinha matado o marido dela e pediu que ele seguisse ele.

Mas ele argumentou que não ia porque ele poderia estar armado. Ela disse que ele não estava armado porque ela teria jogado a arma fora. Nesse momento, dois seguranças apareceram e procuraram a arma e não encontraram. Os seguranças pediram para os populares não se aproximarem e nem mexerem no local do crime.

Além dessa testemunha, os delegado Marllos Sampaio, que estava de plantão na Central de Flagrantes no dia do crime, também prestou depoimento. Ele disse que foi feita a perícia no carro e o exame residográfico foi feito ainda na noite do crime.

Não houve estouro de pneu e a versão que o sargento deu no dia em que foi preso é diferente da que foi apresentada ontem no depoimento no 11º DP. Para Marllos, o acusado disse que tinha atirado porque assaltantes teriam tentado se aproximar do carro e depois, quando a testemunha foi prestar depoimento, ele disse que só iria falar em juízo.

Marllos afirma que não tem dúvidas de que foi homicídio praticado pelo sargento Amorim.

Arma

O delegado Marllos Sampaio confirmou que a versão de que no depoimento da Central soldados teriam encontrado a arma dele e também que a mulher teria jogado a arma fora.

“Algo de misterioso aconteceu com essa arma. Mas isso não interfere no crime, já que as características da arma foram encontradas no sistema da polícia e bateu com o exame cadavérico realizado no corpo”, disse Marllos.

O delegado Higgo afirma que tem fotos do dia da festa que confirmam que ele estava com a mesma camisa que encontrada com manchas de sangue.


Flash de Caroline Oliveira
Redação de Leilane Nunes

[email protected]

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais
Tags: