Foram presos dois dos seis suspeitos de participar do assalto de quinta-feira ao Banco do Brasil do município de Curimatá, 775 quilômetros ao sul de Teresina, próximo da divisa do Piauí com a Bahia. Os acusados são da própria cidade e foram capturados na região de Redenção do Gurguéia na madrugada de hoje (3). Com o histórico de vários crimes no município nos últimos anos, o secretário de Segurança declarou que pode instalar um posto da Comissão Investigadora do Crime Organizado.

 

"Curimatá é uma cidade que está cheia de bandidos", disse Robert Rios, lembrando fatos recentes como a prisão no ano passado de Salvador de Neura, acusado de matar o ex-prefeito de Redenção do Gurguéia, Joaquim Fonseca. Ele acompanhava o juiz Osório Marques Bastos, preso por porte ilegal de armas e com investigado em supostas ligações com o crime organizado. Até mesmo o atual prefeito José Arlindo Filho (PR), conhecido como Zezinho da Cincal e por opositores como Gordo do Tomate, foi detido em Pernambuco acusado de roubo de cargas.

 

O secretário declarou que ainda vai estudar como será feito o trabalho de segurança na cidade. "Estou querendo colocar um posto avançado do Crime Organizado lá", declarou ao Cidadeverde.com. Robert Rios disse que a ação pode durar enquanto a medida for necessária. O último grande assalto em Curimatá ocorreu no ano de 2007.

 

Ontem, bandidos levaram cerca de R$ 100 mil, segundo informações não oficiais, do Banco do Brasil da cidade. O delegado Agostinho Ferreira da Silva continua em diligências em busca de outros suspeitos. Os dois detidos por volta de 2h da manhã de hoje foram levados para a delegacia regional de Corrente. Com eles foram encontrados um revólver e pequena quantia em dinheiro. Seis pessoas, usando máscaras, participaram do crime.

 

Para o secretário Robert Rios, não há ligação entre o crime de Curimatá e os casos registrados hoje também na região sul do Estado.