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Motoristas de ônibus param atividades e falam em possibilidade de nova greve

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Atualizada às 9h50

Motoristas e cobradores do transporte coletivo da capital realizam uma paralisação nesta quinta-feira (21) para cobrar a assinatura da convenção coletiva de trabalho da categoria. Os trabalhadores cruzaram os braços às 8h da manhã, nas principais ruas e avenidas do centro da capital. 

Os trabalhadores seguem com os ônibus estacionados na Praça da Bandeira, centro de Teresina. Até as 10h, a categoria deve seguir com a paralisação, também em outros pontos espalhados pela capital.

O vice-presidente do Sintetro, Welso Leite ressalta que os empresários já receberam os repasses financeiros da Prefeitura de Teresina, mas até o momento não pagaram devidamente os trabalhadores. 

“A parte deles eles ja fizeram, receberam da maneira que queriam receber só que com relação ao repasse para a categoria, até agora estão dando de migalha, ou seja, eles estão dando uma coisa que já era certa, que era o ticket alimentação e o plano de saúde e não teve conversação, não falam sobre nossa convenção, quer dizer, nossos direitos para eles não existem. O acordo fechado foi só entre empresários, Setut e o poder público, com os trabalhadores não fecharam nada, não tem nada garantido. Tudo que nós queremos é a garantia, garantia essa que é a assinatura da nossa convenção”, destaca o vice-presidente. 

Welso Leite afirma ainda que a Procuradoria Geral do Município (PGM) solicita apenas prazos para a categoria, sem uma resolução efetiva do debate. Além disso, o vice-presidente acrescenta que se não houver a assinatura da convenção de trabalho, a categoria deve promover uma greve. 

“A PGM só pede prazo, prazo e mais prazo e quem tem fome tem pressa. A gente está na esperança que eles [empresários] nos chamem ainda para que seja assinada a nova convenção. Enquanto eles não fizerem isso, a gente vai ter paralisações, a gente está sujeito a anunciar uma greve porque a categoria está toda do nosso lado, ou seja, a categoria quer os direitos dela”, reforça Welso Leite.

A paralisação, inicialmente, estava marcada para a última segunda-feira, mas foi adiada após a Procuradoria Geral do Município estabelecer um prazo para que as empresas se manifestassem sobre as demandas apresentadas pelos trabalhadores. Sem respostas até o momento, o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários (Sintetro) decidiu fazer a nova paralisação. 

“A convenção coletiva é imprescindível, porque regulamenta essa relação entre patrão e empregado. Hoje, o trabalhador do transporte não sabe qual é a jornada, qual o salário que ele vai ter no final do mês”, destacou o secretario de comunicação do Sintetro, Miguel Arcanjo. 

 

Usuários reclamam 

Em meio à crise do transporte público na capital, os usuários do sistema seguem enfrentando dificuldades na sua locomoção ao trabalho e para outras atividades. 

“É difícil porque a gente que trabalha precisa do transporte e não tem, a gente já ganha pouco. A gente agradece por ter trabalho e salário, mas para pagar Uber e essas coisas é muito difícil porque o salário já não dá e para pagar transporte do jeito que tá, não tem condição”, desabafa a auxiliar de serviços gerais, Raimunda Assis. 

Alem de Raimunda Assis, a também auxiliar de serviços gerais, Maria Rosangela conta que com as paralisações, os passageiros que pegam os ônibus são obrigados a descerem e devido a espera do protesto, acabam sem conseguir ir ao trabalho.

“Podiam não sair nem da garagem, mas eles saem, deixam a gente no meio da rua, muitas vezes temos somente o cartão do ônibus. Agora a gente tá aqui, para o serviço eu não vou mais, quero ao menos ir para casa”,  diz Maria Rosangela.

Nova greve

Ainda de acordo com Sindicato, a manifestação desta quinta-feira (21) é apenas um alerta. Caso as negociações não avancem, uma nova greve pode ser iniciada. 

“Essa manifestação de hoje é só começo. Isso pode desencadear em uma greve por tempo indeterminado, se não houver, por parte do Setut, nenhum aceno para negociar nossa convenção coletiva de trabalho”, alertou o secretario de comunicação do Sindicato. 

A Strans e a Procuradoria Geral do Município(PGM) ainda não se manifestaram sobre a nova paralisação dos trabalhadores do transporte coletivo da capital.  

Já o Sindicato das Empresas de Transporte (Setut) se posicionou através de sua consultora jurídica, Naiara Moraes. "Nesse momento, onde o acorod foi firmado entre o ente municipal e os empresários, há um compromisso de, diante do pagmaento da entrada no valor de R$ 10,5 milhoes, que foi acordada, as folhas de pagamento serão atualizadas nesses três meses, outubro, novembro e dezembro. Em relação aos vlaores de 2020, os trabalhadores têm uma parcela assegurada de R$ 720 mil, que também será repassada. A data base dos trabalhadores do transporte coletivo é apenas em janeiro", destacou a advogada.

 

 

 

Natanael Souza e Rebeca Lima 
[email protected] 

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