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Em passeta, meninos de rua alertam para suas realidades

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Os 15 meninos que vivem em situação de rua em Teresina chamaram a atenção das pessoas que passavam na avenida Frei Serafim. Não era cometendo infrações ou usando drogas, mas participando de uma coreografia na frente de uma passeata que chamava atenção da sociedade para a situação em que vivem.
 
 
A movimentação faz parte da ação nacional Criança não é de Rua, que aconteceu hoje simultaneamente em Teresina, Maceió, São Luís, João Pessoa, Manaus, Goiânia e Nova Iguaçu (RJ).

Uma das meninas chamava a atenção pois ostentava uma gravidez de 5 meses. "É um menino e já mexe muito", diz Francylane, que tem 15 anos é moradora de rua e namora com outro menor, Rafael de 16 anos.

"Depois do neném eu quero mudar de vida. Quero morar junto com a Francylane e criar meu filho. Quero ser palhaço e ganhar a vida com isso", diz Rafael.

A Secretária do Trabalho, Cidadania e de Assistência Social, Graça Amorim, destaca o trabalho realizado pela SEMTCAS através dos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), que trabalha diretamente com a inclusão social dessas crianças em Teresina.

“Na capital, quando os agentes de proteção social de rua encontram alguma criança ou adolescente em situação de vulnerabilidade encaminham para o CREAS. Lá é feito todo um acompanhamento através de uma equipe multiprofissional que trabalha tanto o atendido quanto a sua família ”, diz. Ela ressalta que as crianças e adolescentes em situação de rua necessitam de um trabalho minucioso.
 

"Nossos meninos têm uma realidade difernte do restante das capitai. Aqui todos têm família e vivem na rua por questões de conflitos familiares. A SEMTCAS faz um trabalho com eles, insere no seio da família, mas se os conflitos continuam, eles voltam para as ruas", lamenta.

A parceria entre o poder público e a sociedade, segundo a secretária, é importante para permitir que essas crianças e adolescentes se sintam mais amparados. “É justamente este o objetivo desta mobilização nacional. Forçar o debate sobre o tema e mostrar que criança na rua é problema de todos”, acrescenta Graça Amorim.

 
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