Jackson Lago (PDT) afirmou que resistirá à decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que determinou que ele deixe o cargo de governador do Maranhão --à qual ele chamou de "farsa". "Eles [família Sarney] precisam ver que encontrarão resistentes, pessoas que mostrarão o que é a injustiça no Maranhão. Devemos estar aqui, vigilantes, resistentes", disse ele.
Se os deputados decidirem pelo pleito, Lago diz que cederá seu cargo ao indicado pela Casa, de maneira provisória, até o STF (Supremo Tribunal Federal) julgar recursos de sua defesa. O TSE, porém, determinou que Lago e o vice dele deixem imediatamente os postos.
Caso os deputados não escolham um novo governador, Lago afirmou que continuará no Palácio dos Leões, sede do governo estadual. Ele convocou seus militantes a ficarem no local e permanecerem em vigília. "Quem quiser, tem que vir até aqui e dizer que é um democrata, um legalista. Dizer: "Eu não aceito golpe". Estaremos aqui enquanto força tivermos."
Durante a sua fala, a rede de televisão Mirante, afiliada da Globo e propriedade da família Sarney, foi expulsa do palácio aos gritos de "rede mentira".
Logo após a decisão do TSE, Lago falou para as cerca de 1.500 pessoas --militantes do MST e de movimentos indígenas e quilombolas, em sua maioria-- que, como ele, assistiram ao julgamento em um telão montado em uma área aberta do Palácio dos Leões.